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Vol. 44. Issue S2.
Pages S374-S375 (October 2022)
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Vol. 44. Issue S2.
Pages S374-S375 (October 2022)
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PERFIL DE DOADORES DE SANGUE COM ANTICORPOS IRREGULARES ANTI ERITROCITÁRIOS NO SERVIÇO DE HEMOTERAPIA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE - RS
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LDN Vargas, LO Garcia, SB Leite, RM Benites, AG Rosa, PH Janzen, L Sekine, JPM Franz
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Objetivos

A pesquisa de anticorpos irregulares (PAI) em doadores de sangue é obrigatória por lei e de grande importância para a triagem de doadores. A infusão desses anticorpos de forma passiva durante a transfusão pode expor o paciente, tanto pelo risco de hemólise quanto por influenciar nos testes pré-transfusionais posteriores à infusão do hemocomponente. Conhecer o perfil dos doadores de sangue do ponto de vista imuno-hematológico nos traz uma informação importanteda nossa população e proporciona uma seleção mais segura do hemocomponente para transfusão e, na presença de anticorpo irregular, podemos optar pelo descarte dos hemocomponentes plasmáticos resultantes dessa doação.

Material e métodos

Foram analisados os dados de doadores de sangue de nosso serviço no período de Abril de 2015 e maio de 2022.

Resultados

Foram realizadas 120.070 doações, destas, 295 doadores apresentaram a PAI positiva (0,25 %), dentre eles a maioria era do grupo O positivo (106-36%), seguidos dos grupos sanguíneos A positivo (88-30%), A negativo (34-11,5%), O negativo (27-9,1%), B positivo (21-7,1%), B negativo (9-3%), AB positivo (8-2,7%), AB negativo (1-0,3%) e indeterminado positivo (1-0,3%). Foram realizadas as identificações dos anticorpos irregulares, sendo os mais frequentes o anti-M (55-18,7%), anti-D (47-16%), anti-Le a(27-9%) e anti-E (21-7%) e outros com menor frequência. Um total de 195 (66%) doadores eram do sexo feminino e 100 (34%) do sexo masculino, a média de doações após positivar a PAI foi de 1,04 (mínima 0 e máxima de 13) e neste período foram descartados ao todo 590 componentes plasmáticos (sendo 5 plaquetaférese), o que representa 0,5% do total das coletas.

Discussão

Embora a prevalência de anticorpos irregulares seja aumentada em pacientes politransfundidos ou falciformes, na população geral, a presença de anticorpos irregulares é entre 0,3% e 2%. Esse dado corrobora com os achados do presente estudo. No nosso serviço,quando detectado uma PAI positiva em doador, o mesmo é desqualificado para doação de plaquetaférese porém, continua sendo apto para doação de sangue total,sendo que seus componentes plasmáticos são desprezados e utiliza-se o concentrado de hemácias (CH). O CH é devidamente etiquetado como PAI positiva e a especificidade do anticorpo.

Conclusão

Conforme a literatura, o anti-D é o anticorpo mais frequente, porém, neste estudo, o anti-M (18,6%) foi o anticorpo mais frequente, seguido do anti-D (15,9%). Esse achado provavelmente seja justificado pelo fato do anti-M ser um anticorpo frio e estar relacionado as temperaturas mais baixas encontradas na região sul do Brasil, onde o estudo foi realizado. A aloimunização eritrocitária em doadores de sangue é importante para possibilitar a seleção do CH de maneira segura e viável, a fim de manter um estoque adequado e reduzir gastos com o descarte de bolsas.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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