Journal Information
Vol. 44. Issue S2.
Pages S482-S483 (October 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 44. Issue S2.
Pages S482-S483 (October 2022)
Open Access
PERFIL DE ANTICORPOS IRREGULARES EM PACIENTES ATENDIDAS NO CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO DE SAÚDE AMAURY DE MEDEIROS
Visits
412
DS Oliveiraa, JEN Bezerraa,b, MCD Santosa, NAA Paivaa,b, GL Xavierc, ACCS Ramosa,d, LC Correaa,b, GJB Albertima,b
a Centro Universitário Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM), Recife, PE, Brasil
b Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE), Recife, PE, Brasil
c Universidade São Miguel (UNISÃOMIGUEL), Recife, PE, Brasil
d Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (HEMOPE), Recife, PE, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 44. Issue S2
More info
Objetivos

Avaliar o perfil de anticorpos irregulares (A.I) antieritrocitários que tiveram positividade nas amostras sanguíneas das pacientes atendidas no Centro Universitário integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM) e encaminhadas ao Hemocentro de apoio (HEMOPE).

Material e métodos

Análise retrospectiva, transversal, descritiva com levantamento de dados relativo à pesquisa de anticorpos antieritrocitários irregulares (P.A.I) da Agência transfusional (AT) de um serviço especializado em cuidado materno durante o período de janeiro de 2017 a junho de 2022. Foram utilizados como fontes de dados, as solicitações de transfusões sanguíneas (STS), livros de registros imuno-hematológicos internos da AT e as fichas recebidas do HEMOPE com resultado da identificação do anticorpo(s).

Resultados

Foram realizadas 3161 transfusões, sendo o concentrado de hemácias (CH) o hemocomponente mais solicitado, representando 89%, seguido por concentrado de plaquetas (CP) (8%) e plasma fresco congelado (3%). A positividade da P.A.I ocorreu em 64 pacientes (2%), correspondendo a 1:49 pacientes. Foram detectados 77 aloanticorpos isolados e/ou associados entre os pacientes analisados. Dentre eles, a especificidade dos anticorpos realizados foi determinada em 48 pacientes (75%). A identificação do anticorpo foi negativa em 9 pacientes (14 %) e os outros 6 (9,4%) corresponderam a anticorpos de especificidade não determinada pelo painel de hemácias. Paralelamente, o autocontrole foi positivo em 7 pacientes (10%), sendo apenas em 1 paciente (1,6%) detectado a presença de autoanticorpo de maneira isolada. Dentre o perfil fenotípico, 10 tipos de anticorpos foram identificados, com predomínio do anti-D (31%) e sua incidência em ordem decrescente distribuída como: anti – D 31% (n = 24) > anti -E 9% (n = 7)= anti-Lea 9% (n = 7) > anti-C 6% (n = 5) = anti-M 6% (n = 5) > anti – Kell 5% (n = 4) > anti-Jka 3% (n = 2) > anti-c = anti-e = anti-Lex 1% (n=1). A identificação de apenas um anticorpo irregular foi encontrada em 57.8% (n = 37) enquanto 17,2% (n=11), apresentaram associação de dois anticorpos ou três aloanticorpos. Verificou se que o percentual de positividade na P.A.I foi mais frequente para o grupo sanguíneo O (43%) em relação aos demais: A (28%), B (12%) e AB (4%) e outros 13% não identificados em nossos registros e para o fator Rh positivo (58%).

Discussão

Dentre as pacientes atendidas, identificou-se A.I em 64 pacientes, correspondendo a índice de aloimunização de 2%. Entre os anticorpos identificados, a incompatibilidade pelo sistema Rh foi a principal responsável pela formação de anticorpos (48%), com destaque para o anti-D (31%), considerado muito importante na prática clínica, pois pode causar a doença hemolítica do recém-nascido (DHRN), possivelmente relacionado com aloimunização pós-gestacional e devido falha na imunoprofilaxia Rh. Na sequência dos anticorpos de importância clínica e imunogênico, anti-E (9%) e anti-C (6%) foram os anticorpos mais comumente identificados. Em apenas 5% foram encontrados anti-K, tão imunogênico quanto anti-E e anti-C potencialmente causadores de DHRN. Assim, das P.A.I avaliadas, 51% tiveram A.I com significado de importância clínica e causador de DHRN.

Conclusão

Por meio deste estudo, é possível compreender a prevalência dos AI entre as pacientes atendidas e comprovar a importância da identificação dos anticorpos irregulares para a segurança transfusional, tendo em vista o potencial para reações transfusionais hemolíticas e DHRN.

Full text is only aviable in PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Article options
Tools