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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S803 (October 2023)
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HEMO 2023
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MELHORIAS NO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE HEMOCOMPONENTE APÓS A IMPLEMENTAÇÃO DA INATIVAÇÃO DE PATÓGENOS NA FUNDAÇÃO HEMOMINAS
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GC Rezendea, AM Ferreirab, AP Moraisa, FN Givisieza, LIG Daub, MA Ribeiroc, MAB Chagasa, RMF Silvaa, VAM Santosa
a Gerência de Controle de Qualidade, Fundação Hemominas, Belo Horizonte, MG, Brasil
b Setor de Produção – HBH, Fundação Hemominas, Belo Horizonte, MG, Brasil
c Gerência de Desenvolvimento Técnico Científico, Fundação Hemominas, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Introdução

As Tecnologias de Redução de Patógenos (TRP) atuam basicamente na alteração dos ácidos nucleicos dos microrganismos, com intuito de aumentar a segurança transfusional. TRP foi implantada no Hemocentro de Belo Horizonte da Fundação Hemominas (FH) em dez/2021. No planejamento foi revisto o preparo de hemocomponentes com proposta de mudanças nos procedimentos, visando redução dos custos com insumos, sem perda da qualidade dos componentes plaquetários. As principais alterações foram: preparo do Buffy Coat (BC) seco para montagem de pool simples (5 BC e 1 plasma) ou pool duplo (8 BC e 1 plasma), o qual gera duas unidades de dose terapêutica, correspondendo a 4 BC cada.

Objetivo

Avaliar a qualidade dos Pool de Concentrados de Plaquetas (PCP) antes e após a inativação de patógenos.

Materiais e métodos

Foram avaliados contagem de plaquetas/unidade (plaq/un), leucócitos/unidade (leuc/un) e pH de PCP e volume de plasma. Foi analisado um período de cinco meses antes e após a implantação da TRP. No período anterior foram estudados 94 PCP de 4 BC e 208 PCP de 5 BC e, após a implantação, foram 205 PCP de 4 BC e 85 PCP de 5 BC.

Resultados

No PCP de 4 BC a média de plaq/un foi de 2,5 ×1011 antes da implantação da TRP e 2,77 ×1011 após a implantação. Quanto à contagem de leuc/un, a média foi de 1,11 ×106 antes da TRP e 0,17 ×106 após. Já para a determinação do pH no quinto dia de armazenamento, a média foi de 7,38 antes da implantação da TRP e 7,24 após. No PCP de 5 BC a média de plaq/un foi de 3,37 ×1011 antes da implantação e 3,33 ×1011 após a implantação. Quanto aos leuc/un, a média foi de 0,20 ×106 antes da TRP e 0,13 ×106 após. Já para a determinação do pH no quinto dia de armazenamento, a média foi de 7,32 antes da TRP e 7,27 após a implantação. Em relação ao plasma fresco congelado, o volume médio foi de 237,8 mL (n=447) antes da implantação da TRP, enquanto que após a implantação da tecnologia foi de 256,7 mL (n=335).

Discussão

Pós implantação da TRP, o pool de 4 BC teve aumento médio de plaq/un, redução de leuc/un e manteve o pH dentro do valor de referência (>6,4). No pool de 5 BC a média da contagem de plaq/un permaneceu semelhante, houve redução de contagem de leuc/un e manutenção do pH dentro do valor de referência (>6,4). O aumento do rendimento plaquetário nos PCP inativados pode ser explicado pela alteração no processo de produção de componentes, com utilização do BC seco. Para a metodologia de produção de pool a partir do BC seco é necessário acrescentar uma unidade de plasma ou Solução Aditiva de Plaquetas (PAS), a fim de reduzir o hematócrito do pool e permitir uma boa separação das camadas na centrifugação e, consequentemente, uma adequada recuperação plaquetária e redução da contaminação de leucócitos. No segundo semestre/2023 a FH substituirá o plasma pela PAS, o que irá aumentar a disponibilidade desse componente e otimizar a produção dos PCP.

Conclusão

A TRP aumenta a segurança transfusional; substitui alguns processos, como controle microbiológico e irradiação; permite aumentar a validade do PCP de 5 para 7 dias. Além disso, a revisão e alteração da metodologia de produção, proporcionou melhor aproveitamento do sangue total, melhoria no rendimento plaquetário, redução da contaminação de leucócitos e maior disponibilização do plasma para uso transfusional e industrial.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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