Journal Information
Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S277 (October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S277 (October 2023)
Full text access
LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA “PHILADELPHIA LIKE”: RELATO DE CASO
Visits
267
LQ Marquesa, JA Gomesa, DSC Filhoa, PB Martinsa, LL Perrusoa, EX Soutoa, KP Melilloa, ACCV Soaresb, EDRP Vellosoc, LLM Perobellia
a Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini - Hospital Brigadeiro, São Paulo, SP, Brasil
b Dasa Medicina Diagnóstica, São Paulo, SP, Brasil
c Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), São Paulo, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

More info
Introdução

A Leucemia linfoblástica aguda “Philadelphia like” (LLA-Ph like) é um subtipo de LLA - B de alto risco. Tem sido relatada em até 27% dos adultos com LLA na faixa etária de 21 a 39 anos de idade. Abriga alterações genéticas que ativam os genes dos receptores de citocinas e as vias de sinalização da quinase, tornando-o passível de tratamento com terapia com inibidores de tirosina quinase (TKI).

Objetivo

Relatar o caso clínico de paciente com LLA Ph-like, dificuldades diagnósticas e de tratamento no contexto de serviço público de saúde.

Relato de caso

Homem, 24 anos, previamente sem comorbidades. Apresentou quadro de inapetência, fadiga, cefaleia e tontura em janeiro/2023, associado à febre vespertina e perda de 2 kg em 30 dias. Procurou serviço de saúde, sendo realizado exames laboratoriais que evidenciaram Hb 5,5 g/dL, leucócitos 43.400/mm3, blastos 20%, bastões 3%, linfócitos 63%, plaquetas 23.000/mm3. Paciente transferido ao nosso serviço em fevereiro/2023, apresentava-se em regular estado geral, hipocorado 3+/4+ e com baço palpável abaixo do rebordo costal esquerdo. Realizada imunofenotipagem de sangue periférico por citometria de fluxo: Foram detectadas 53,8% de células blásticas linfoides B que co expressam marcadores mieloides. Foi observada forte expressão antigênica de CRLF-2 na população blástica. Marcadores Positivos: CD10+++, CD13, CD19, CD20, CD22, CD33, CD34, CD38+, CD58++, CD66c par, CD79a, CD81+, CD123+, HLA-DR, CRLF-2.Marcadores Negativos: CD3 de superfície, CD3 citoplasmático, CD11b, CD14, CD15, CD36, CD56, CD64, CD71, CD117, MPO, TdT, IgM citoplasmática. Biologia molecular com resultado negativo para BCR-ABL, mutação gene ABL, JAK-2 e MLL-AF4 t(4;11). Cariótipo: 46, XY[20]. Solicitado apoio de laboratório externo para realização de FISH confirmando CRLF2 positivo. Optado por tratamento com protocolo GRAAL associado a rituximabe. Paciente em consolidação, última avaliação medular em junho/23 com pesquisa de DRM positiva na amostra analisada.

Discussão

Pacientes adultos com presença de CRLF2 apresentam prognóstico ruim. A presença do CRFL-2 na imunofenotipagem sugeriu o diagnóstico de LLA Ph-like, o que indicou a realização de FISH para a confirmação diagnóstica. O SUS não cobre a realização do exame, limitando a confirmação diagnóstica na maioria dos serviços públicos. Aproximadamente 20% a 25% dos adultos com LLA-B são Ph-like, sendo a maior frequência em adultos com etnia hispânica. Quase metade dos pacientes com superexpressão de CRLF2 tem mutações JAK-STAT concomitantes, mais comumente JAK2 R683G, que resultam na ativação de JAK-STAT passível de inibição por terapia alvo com ruxolitinibe.

Conclusão

A realização dos testes diagnósticos, como a pesquisa do CRFL-2 na imunofenotipagem e a realização FISH permitiram o diagnóstico e a condução terapêutica adequada. Pacientes adultos com LLA e presença de CRLF2 apresentam resultados ruins em longo prazo. Novas estratégias terapêuticas são necessárias para melhorar os resultados.

Full text is only aviable in PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Article options
Tools