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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S178-S179 (October 2023)
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HEMO 2023
Pages S178-S179 (October 2023)
LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA E OUTRAS SÍNDROMES MIELOPROLIFERATIVAS CRÔNICAS INCLUINDO AS POLICITEMIAS
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INIBIDORES DE AURORA QUINASES EXIBEM ATIVIDADE ANTINEOPLÁSICA EM CÉLULAS BA/F3 CSF3RT618I
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NS Parduccia, ADMB Garniquea, K Limaa,b, JAEG Carlosa, NP Fonsecac,d, LBL Mirandaa, EM Regob, F Trainac,d, JA Machad-Netob
a Departamento de Farmacologia, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
b Laboratório de Investigação Médica em Patogênese e Terapia Dirigida em Onco-Imuno-Hematologia (LIM-31), Departamento de Clínica Médica, Divisão de Hematologia, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
c Departamento de Imagem Médica, Hematologia e Oncologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
d Centro de Terapia Celular, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Objetivos

As neoplasias mieloproliferativas (NMP) se consolidam como um grupo relevante de doenças derivadas do mau funcionamento do processo de hematopoese e têm por atributo particular a proliferação aumentada de uma ou mais séries mieloides. Dentre estas, distinguem-se as leucemias neutrofílicas crônicas (LNC), causadas pela mutação T618I do gene CSF3R, traço que gera a ativação do receptor independente de ligante e a sinalização downstream através da via JAK2/STAT. Estudos anteriores em linhagem linfocítica dependente de IL3, Ba/F3, demonstraram que mutações em BCR::ABL1 e JAK2V617F aumentaram a expressão de proteínas da família da aurora quinase (AURKs), mais especificamente de AURKA e de AURKB. Estudos pré-clínicos têm ilustrado a eficácia de inibidores farmacológicos das AURKs como antineoplásicos. Delimitado o atual cenário, foram avaliados os efeitos celulares e moleculares dos inibidores farmacológicos de AURKs em modelo celular com a mutação CSF3RT618I.

Material e métodos

As respostas aos fármacos foram verificadas por meio da execução de ensaios de viabilidade celular por MTT, ensaio clonogênico, apoptose (anexina V/IP e citometria de fluxo [CF]), ciclo celular (CF), Ki-67 (CF), Western Blot e PCR quantitativo.

Resultados

Os fármacos inibidor de aurora A I, AZD1152-HQPA e reversina obtiveram IC50 de 15,8 μM, 0,16 μM, 0,12 μM para 48 h, respectivamente. A concentração de 0,12 μM de AZD1152-HQPA e reversina impediu a formação de colônias, e, quando administrados na concentração de 0,16 μM, deslocaram 95% e 97% da população celular para a apoptose. Houve redução de mais de 26% da população proliferativa no grupo exposto ao inibidor de aurora A I, 54% naquelas expostas ao AZD1152 e 78% no grupo tratado com reversina, obtendo-se, em conjunto, um aumento de células em subG1 e poliploides. Mecanismos anti-apoptóticos e fundamentais para a progressão do ciclo foram apaziguados por meio da redução do conteúdo das proteínas p-AURK, p-Histona H3 e p-STAT5. Os fármacos AZD1152-HQPA e reversina induziram a clivagem de PARP1 (marcador de apoptose) e a expressão de γH2AX (marcador de dano no DNA). O inibidor de aurora A I reduziu significativamente a expressão de Nfkb1 e Bcl2, o que também foi verificado para reversina, tendo o último fármaco modulado, em conjunto, genes relacionados ao ciclo celular (Ccne1, Mybl2, Ccna2, Ccnb1, Cdkn1a e Gadd45a) e à apoptose (Birc5, Bax e Bbc3). O composto AZD1152-HQPA reduziu a expressão de Mcl1.

Discussão e conclusão

Em resumo, nossos dados indicam que os inibidores mais seletivos para AURKB, AZD1152–HQPA e reversina, mostraram maior potencial antineoplásico em linhagem celular murina transformada pela mutação CSF3RT618I, causando uma diminuição na viabilidade celular, clonogenicidade e proliferação e favorecendo uma rede molecular supressora de tumor. Nossos resultados fornecem novos insights sobre o uso de inibidores de aurora quinases no contexto da LNC.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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