Journal Information
Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S697-S698 (October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S697-S698 (October 2023)
Full text access
IMUNOFENOTIPAGEM ERITROCITÁRIA EM UMA POPULAÇÃO DE DOADORES DE SANGUE
Visits
212
JAD Santos, RA Bento, APC Sessin, JED Giacomo, APC Rodrigues, DE Rossetto
Grupo GSH, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

More info
Objetivos

O conhecimento da variabilidade dos antígenos de grupos sanguíneos é essencial na prática transfusional, pois são clinicamente significantes e imunogênicos, estão envolvidos em aloimunizações, reações transfusionais, anemias hemolíticas e doença hemolítica do perinatal. Quanto maior o número de transfusões um paciente é exposto, mais tende a produzir anticorpos, o que pode dificultar em encontrar sangue compatível. Os sistemas de grupos sanguíneos mais importantes na medicina transfusional são ABO/RH. O sistema ABO, primeiro sistema de grupo sanguíneo descrito, compreende epítopos expressos na superfície das hemácias, se desenvolvem naturalmente após o nascimento. Porém, por não serem exclusivos dos eritrócitos, podem estar presentes em outras células e nas secreções corporais.  O sistema RH, descoberto em 1939, com muitos antígenos, além da sua capacidade de desencadear reações imunogênicas, possui uma grande importância clínica, sendo o segundo mais importante dentre os sistemas de grupos sanguíneos. Os antígenos mais importantes do grupo RH são: D, C, c, E. O objetivo desse estudo foi avaliar a prevalência dos fenótipos nos doadores de sangue do Banco de Sangue São Paulo.

Método

Através de um estudo retrospectivo, foram levantados os dados dos fenótipos dos doadores do Banco de Sangue São Paulo no período de 01/01/2022 a 31/12/2022.

Resultados

Foi realizado um total de 16.992 determinações para o sistema ABO: O 8.540 (50,26%), A 5.917 (34,32%), B 1.949 (11,47%) e AB 586 (3,45%). Para o sistema RH, realizado 16.952 fenotipagens: DCcEe 2.004 (11,82%), DccEe 2.006 (11,83%), Dccee 1.798 (10,61%), DCcee 5.711 (22,69%), DCCee 2.953 (17,42%), DCCEe 82 (0,48%), DCCEE 1 (0,01%), DCcEE 53 (0,31%), DccEE 318 (1,88%), ddCcEe 4 (0,02%), ddccEe 25 (0,15%), ddccee 1840 (10,85%), ddCcee 149 (0,88%), ddCCee 1 (0,01%), ddccEE 7 (0,04%). Dentre os doadores fenotipados 88,05% são RH positivo e 11,95% RH negativo.

Discussão

O tipo sanguíneo O e A, foram os tipos sanguíneos de maior frequência, conforme encontrado em outros estudos de população do sistema ABO. Para o sistema Rh, a frequência para o antígeno D (88,05%), se assemelha à descrita para doadores a população de doadores de outros estudos. Quanto ao antígeno mais e menos frequente do sistema Rh, e (97%), E (26,55%), c (82,08%) e C (64,64%).

Conclusão

O processo de transfusão seguro, envolve vários fatores, entre eles a seleção de concentrado de hemácias com fenótipos compatíveis para pacientes com necessidades transfusionais especiais: como portadores de anemias falciformes, talassemias, portadores de doenças oncohematológicas, pacientes que podem entrar em esquema crônico de transfusão e os que apresentam alguma aloimunização prévia. Conhecer o perfil de fenotipagem dos doadores cadastrados no banco de sangue, permite uma maior agilidade em fornecer hemocomponentes compatíveis.

Full text is only aviable in PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Article options
Tools