Journal Information
Vol. 44. Issue S2.
Pages S417 (October 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 44. Issue S2.
Pages S417 (October 2022)
Open Access
IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICOS DOS PACIENTES ALOIMUNIZADOS DO GRUPO GSH DE RIBEIRÃO PRETO
Visits
430
LCM Silva, JCD Pires, ALG Amaral, MIA Madeira, V Tomazini
Grupo GSH, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 44. Issue S2
More info
Introdução

Conhecer o perfil epidemiológico fenotípico dos pacientes é fundamental para a eficiência do gerenciamento de estoque de unidades fenotipadas, captação de doadores, mas principalmente garantir a segurança do processo transfusional, prevenindo a aloimunização eritrocitária.

Objetivo

O trabalho tem como objetivo mapear o perfil epidemiológico dos pacientes que desenvolveram anticorpos irregulares entre 2021-2022 e baseado no diagnóstico avaliar a necessidade de mudanças no protocolo de hemocomponentes especiais, no atendimento de concentrado de hemácias fenotipadas.

Matérias e métodos

Realizada análise retrospectiva e observacional de dados dos pacientes aloimunizados nas 05 agências transfusionais do Grupo GSH em Ribeirão Preto.

Resultados

Foram analisados 47 pacientes dentro do período de 2021-2022 que apresentaram pesquisa de anticorpos irregulares positivas durante os testes pré-transfusionais, dos quais foram identificados 61 anticorpos. Entre os incluídos, 01 Linfoma não Hodgkin, 04 Leucemias Agudas, 01 Mieloma Múltiplo, 06 tumores sólidos, 04 cirurgias ortopédicas, 10 acometimento do trato gastrointestinal, 03 acometimentos respiratórios, 02 doenças renal crônica, 05 acometimentos cardíacos, 01 cirurgia ginecológica, 03 pacientes em tratamento intensivo e 07 anemias a esclarecer no momento da transfusão. A prevalência dos anticorpos foi de 29% Anti E, 19% Anti D, 11% Anti Jka, 8% Anti K, 6,5% Anti C, 6,5% Anti c, 5% Anti Dia, 3% Anti Fya, 3% Anti M, 3% Anti Fyb, 1,5% Anti Kpa, 1,5% Anti Leb, 1,5% Anti Jkb e 1,5% Anti Lua.

Discussão

Sabemos que alguns diagnósticos são suscetíveis à terapia transfusional, e acaba aumentando a exposição a diferentes antígenos eritrocitários, levando a uma resposta imunológica mediada pela produção de aloanticorpos. Conhecer o perfil de nossos atendimentos é de extrema importância, visto que um dos sistemas sanguíneos com maiores índices de imunogenicidade na literatura é o sistema Rh, e a adoção de protocolos que contribuam com a prevenção de aloimunização, asseguram um suporte transfusional adequado. Os dados demostram que a prevalência da aloimunização dentro do sistema Rh(D,C,E,c,e) foi de 54,5% dos casos.

Conclusão

As amostras com pesquisa de anticorpos irregulares positivos, 54% foram do sexo feminino, as doenças com maior incidência foram as gastrointestinais, leucemias e cardiológicas. Em relação aos anticorpos identificados o de maior prevalência foi Anti E com 29% seguido do Anti D com 19%. Um achado importante em nossa análise foi a terceira maior prevalência ser de 11% para anti-Jka, sendo 42% dos pacientes oncohematológicos, um público com alto índice de transfusões ao longo do tratamento. Esses resultados nos ajudam no planejamento e cuidado transfusional para esse perfil de pacientes. Visto que a aloimunização pelo sistema Kidd pode gerar um desafio imunohematológico pelo seu perfil de rápida redução de título de anticorpos e fraca reação antígeno-anticorpo; e que a não detecção pode gerar grave reação hemolítica é sugerido para o público oncohematológico a pesquisa dos antígenos fenotípidos do sistema Rh e Kidd.

Full text is only aviable in PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Article options
Tools