Journal Information
Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S635-S636 (October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S635-S636 (October 2023)
Full text access
FREQUÊNCIA DE ANTICORPOS IRREGULARES EM PACIENTES ATENDIDOS PELO LABORATÓRIO DO VITA HEMOTERAPIA DA BAHIA
Visits
345
S Falcão, R Silva, R Coutos, A Soares, A Pires
Banco de Sangue Vita Hemoterapia da Bahia, Salvador, BA, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

More info
Objetivo

Verificar a frequência de anticorpos irregulares dos pacientes encaminhadas para o laboratório do Banco de sangue Vita Hemoterapia da Bahia.

Material e métodos

Foi realizado um estudo retrospectivo a partir de outubro de 2019 até junho 2023. Antes da transfusão, todos os pacientes foram triados usando hemácias comerciais, conforme recomendação do fabricante. No periodo de estudo 1084 pacientes apresentaram resultado positvo na Pesquisa de Anticorpo Irregular (PAI). Os casos positivos foram encaminhados para o laboratório do hemonucleo para realizar o estudo Imunohematológico. As amostras foram recebidas no laboratório e os testes para tipagem ABO e Rh, PAI e TAD foram realizados. Amostra com PAI positiva, posteriormente foi realizado o painel de hemácias em gel/Liss e usando hemácias tratadas com enzima. Nos casos em que foram detectados múltiplos anticorpos, também foi realizada a adsorção alogênica de hemácias ou auto adsorção conforme avaliação do histórico transfusonal de cada paciente.

Resultados

Foi identificada a presença de alo anticorpos naturais, auto anticorpos quente ou frio sem especificidade em pacientes com PAI positiva sem histórico transfusional. Entretanto a maioria dos pacientes que apresentaram PAI positiva são politransfundidos e em tratamento onco-hematológico. Em 84,5% (916/1084) foram identificados aloanticorpos. 549 pacientes (50,64%) apresentaram anticorpos únicos como segue: Anti-E com 8,6% (93 pacientes), Anti-D 6.7% (73), Anti-M 6,4% (69), Anti-K 4% (43), Anti-Dia 1.8% (20), Anti-C 1,7% (19), Anti-S 1,6% (17), Anti-Lea 1,29% (14), Anti-Jka 0,74% (8), Anti-P1 0,46% (5), Anti-Fya 0,74% (5), Anti- Cw 0,28% (3), Anti-JKb 0,18% (2), Anti-s 0,18% (2), Anti-Fy3 0,18% (2), Anti-c 0,09% (1), Anti-Leb 0,09% (1), Anti-Ch/Rg 0,09% (1), e Anti-Ge2 0,09% (1). Enquanto associações de anticorpos foram observadas em 120 pacientes (11,07%), sendo: Anticorpo indeterminado + auto-anticorpo com 3,97% (43), Anti-D + Anti-C 3,6% (39 pacientes), Anti-E + Anti-c 2,03% (22), Anti-E + Anti-C 0,55% (6), Anti-Lea + Anti-Leb 0,46% (5), Anti-E + Anti-Jkb 0,37% (4) e Anti-E + Anti-JKa 0,09% (1). E, os casos inconclusivos ou anticorpo sem especificidade em 21,49% (233 pacientes) e auto-anticorpo sem especificidade 1,11% (12).

Discussão

Considerando as diferenças por fatores etnicos e ambientais entre as regiões e a falta de dados sobre o perfil imunológico dos pacientes politransfundidos, a identificação da frequência desses antígenos em diferentes populações pode auxiliar na rotina hemoterápica, facilitando a busca por hemocomponentes compatíveis, melhorando a segurança transfusional imunológica. No presente estudo, a maioria dos casos (84,5%) foi possível identificar a frequência e qual anticorpo irregular ocorreu isoladamente (50,64%) ou em associações 11,07%. Uma quantidade importante de 21,49% foi inconclusiva, isso ocorre provavelmente devido ao método usado que é limitado para identificar anticorpos raros e anticorpos múltiplos e, também a uma provavel presença de antigenos ainda não estudados.

Full text is only aviable in PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Article options
Tools