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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S908 (October 2023)
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HEMO 2023
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EXTENSA LESÃO EM OROFARINGE DIAGNOSTICADA COMO MANIFESTAÇÃO PRIMÁRIA DO LINFOMA DE HODGKIN CLÁSSICO: RELATO DE CASO
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MAS Pereiraa, GR Santosa, FP Fonsecab, JCCX Júniorc, AS Takamiyaa, GI Miyaharaa, DG Bernabéa, MS Urazakid, GM Cortopassid, VB Valentea
a Centro de Oncologia Bucal e Faculdade de Odontologia, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (COB/FOA-UNESP), Araçatuba, SP, Brasil
b Departamento de Clínica, Patologia e Cirurgia Odontológicas, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal de Minas Gerais (FO-UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil
c Instituto de Patologia de Araçatuba (IPAT), Araçatuba, SP, Brasil
d Centro de Tratamento Oncológico, Hospital Santa Casa de Misericórdia de Araçatuba (CTO/Sta. Casa de Araçatuba), Araçatuba, SP, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Linfomas de Hodgkin são neoplasias onco-hematológicas, que podem ser classificadas em dois tipos: Linfoma de Hodgkin com predomínio linfocitário nodular e linfoma de Hodgkin clássico (LHC). Na maioria dos casos, os pacientes com linfomas de Hodgkin são diagnosticados a partir de manifestações nodais, como linfonodomegalias. Outros sintomas comuns incluem sudorese, febre e emagrecimento, também chamados de sintomas B. Este relatório apresenta o caso raro de um paciente diagnosticado com LHC a partir de extensa lesão primária da doença em orofaringe. Homem branco, com 58 anos, compareceu ao atendimento clínico do nosso projeto de extensão universitária em onco-hematologia (nº 2023/1699, PROEC-UNESP, COB/FOA-UNESP e CTO/Sta. Casa de Araçatuba) para o diagnóstico de uma lesão em orofaringe com cerca de três meses de evolução. Durante a anamnese, o paciente negou vícios e comorbidades. No entanto, relatou fraqueza, indisposição e disfagia no momento da consulta. No exame intrabucal, foi observado nódulo ulcerado em tonsila palatina esquerda estendendo para os arcos palatoglosso e palatofaríngeo, medindo aproximadamente 4 cm em seu maior diâmetro. Com a hipótese de neoplasia maligna linfoproliferativa, foi realizada biópsia incisional. O exame anatomopatológico revelou infiltrado de células linfoides grandes e atípicas. As reações imuno-histoquímicas foram negativas para CD3 (RBT-CD3), CD20 (L26) e CD246 (ALK1) e positivas para CD30 (Ber-H2), CD15 (Carb-3), PAX5 (DAK-Pax5) e LMP1, oncoproteína do vírus Epstein-Barr (EBV). Os resultados levaram ao diagnóstico de LHC. Exames complementares descartaram outros sítios da doença em um primeiro momento. Antes de iniciar o tratamento, lesões nodais se desenvolveram no pescoço. No exame extrabucal, extensas tumefações bilaterais, endurecidas e dolorosas à palpação, foram identificadas envolvendo toda região cervical alta, média e baixa. Além disso, observou-se um linfonodo aumentado e dolorido à palpação na região supraclavicular esquerda, medindo cerca de 1,5 cm no seu maior diâmetro. A tomografia computadorizada cervical mostrou formações expansivas na região de orofaringe associadas à linfonodomegalias coalescentes. Após avaliação dos exames complementares, o LHC foi estadiado como IIB e o paciente iniciará o tratamento onco-hematológico. O paciente será submetido inicialmente ao protocolo quimioterápico com doxorrubicina, bleomicina, vimblastina e dacarbazina (ABVD), e acompanhado pelas equipes interdisciplinares do COB e do CTO.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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