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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S224 (October 2023)
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HEMO 2023
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ESTUDO RETROSPECTIVO DE LEUCEMIAS AGUDAS POR CITOMETRIA DE FLUXO
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IAF Bahiaa, GHM Oliveirab, O Cabra-Marquesc, AD Luchessia, APR Netaa, RD Limaa, FCM Theodoroa, RE Martinsa, TMM Oliveirad, GBC Juniora,b
a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, RN, Brasil
b Hemocentro Dalton Cunha (HEMONORTE), Natal, RN, Brasil
c Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
d Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, RN, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Objetivo

As principais leucemias agudas (LAs) são as linfoides (LLA, B ou T) e mieloides (LMA), além das bidiferenciadas (LAB) e indiferenciadas (LAI), que são mais raras. Essa variação reflete na terapêutica, exigindo métodos para caracterizar essas leucemias. Assim, métodos como a imunofenotipagem por citometria de fluxo (ICF), multiparamétrica e quantitativa, auxiliam no acompanhamento dessas neoplasias. O objetivo deste trabalho é realizar um estudo retrospectivo da imunofenotipagem de 985 pacientes com LAs.

Metodologia

Análise da imunofenotipagem de LAs, utilizando marcadores direcionados a antígenos linfoides (B, T e NK) e mieloides, entre outros relacionados à imaturidade celular. Ao mesmo tempo, todos os dados foram correlacionados usando abordagens estatísticas avançadas pelo R 4.3.0, envolvendo randomforest, análise de componentes principais (PCA) e múltiplas correlações.

Resultados

Foram analisados 985 casos de LAs entre 2010 e 2022, incluindo 266 LLA-B, 57 LLA-T e 662 LMA. Quanto ao padrão imunofenotípico, evidenciou-se a capacidade do ICF em distinguir os principais grupos e subgrupos de LAs.

Discussão

Destacamos os principais marcadores para definir o padrão imunofenotípico e o aspecto de cada uma das principais leucemias agudas, comparando nossa incidência no Rio Grande do Norte com a literatura. As LLA-B foram analisadas com base na intensidade de expressão ou ausência de marcadores, em LLA-pro-B, ou linfoma leucemizado, (CD19, HLA-Dr, CD34 e TdT), LLA-comum (CD10, CD19, cCD79a, cCD22, HLA-Dr, TdT e CD34), LLA pré-B (cIgM, CD19, HLA-Dr, cCD79a, cCD22 e CD10) e LLA-B-Madura (sIgM+, sCD22, CD10+/-, CD20 e kappa ou lambda). As LLA-T foram analisadas no mesmo formato e subdivididas em pré-LLAT (CD7, cCD3, HLA-Dr, CD34 e TdT), LLA-T intermediárias (CD1a, CD2, CD7, cCD3, TdT e HLA-Dr associadas a CD4+/CD8+) e LLA-T medulares (CD4 ou CD8, sCD3, CD1a, TdT, HLA-Dr e CD34). Também foi possível observar a expressão aberrante de antígenos mieloides nas LLAs B e T, como CD13 e CD33, principalmente relacionados a LLA no contexto do rearranjo KMT2A com switch de linhagem. Além dos receptores CD71 e CD25 (RIL-2), que são relatados no contexto da LLA BCR/ABL+, sendo uma de suas características a presença do cromossomo Filadélfia. Nas LMAs analisadas, os subtipos mais observados foram aqueles com menor diferenciação e monocíticos. Também foi observada expressão de CD15, indicativo de assincronismo de maturação, além da aberrância fenotípica de antígenos linfoides em alguns casos, predominantemente CD7, sendo seguido destes os antígenos CD2 e CD5, intimamente associados à SMD, o CD19, associado à presença da mutação NPM1, e o CD56, menos frequente. Além disso, a LLA foi mais frequente em crianças e homens, enquanto a LMA em adultos e mulheres em geral, com incidência predominante em homens entre os pacientes adultos.

Conclusão

Quando aplicada corretamente, a ICF pode ter grande impacto no diagnóstico, classificação e análise prognóstica de processos neoplásicos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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