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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S341-S342 (October 2023)
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HEMO 2023
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ESPOROTRICOSE COMO GATILHO PARA LINFOMA DE CÉLULAS B TIPO PERNA?
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PAD Santosa, LJOV Araújob, DF Vellascoa, JD Ribeiroa, BCC Reisb,c
a Faculdade de Ciências Médicas de Três Rios, Três Rios, RJ, Brasil
b Universidade de Vassouras, Vassouras, RJ, Brasil
c Centro de Terapia Oncológica de Petrópolis (CTO), Petrópolis, RJ, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Introdução

Os linfomas cutâneos de uma forma geral não são tumores agressivos porém em algumas ocasiões podemos encontrar algumas formas que requerem tratamento de forma mais imediata, cujo qual o subtipo cutâneo difuso de grandes células B tipo perna (LCDCBTP)se encontra nessa categoria. Demonstra sua importância ao trazer o relato de um linfoma não Hodgkin raro, com diagnóstico complicado e, na maior parte das vezes, atrasado devido aos raríssimos estudos sobre o tema. Entretanto, o objetivo foi demonstrar as principais características da doença, tais como a abordagem diagnóstica e o estadiamento e de um possível gatilho. Sendo uma doença agressiva, é de suma importância haver maior propagação do conhecimento para ajudar no diagnóstico precoce da doença e, por conseguinte, na opção de um tratamento mais eficiente.

Relato de caso

Paciente do sexo feminino, 83 anos, procura atendimento médico referindo 2 nódulos, contíguos, e algumas manchas hipercrômicas, em membro inferior direito. Realizado a biópsia da lesão, foi diagnosticada com esporotricose com consequente prescrição de Itraconazol. Inicialmente, houve retração de um dos nódulos e das manchas hipercrômicas, finalizando o tratamento alguns meses depois. Porém, um dos nódulos não houve regressão esperada. Posteriormente, após nova realização de biópsia, foi definido diagnóstico de linfoma cutâneo primário células B tipo perna, sendo encaminhada para o especialista em hematologia para prosseguimento. Foi realizado exames de imagem e de sangue para avaliação pré tratamento e de estadiamento e iniciado protocolo com mini R-CHOP.

Discussão

O LCDCBTP geralmente afeta mulheres idosas, compreendendo 4% de todos os linfomas cutâneos e se apresenta com tumores vermelho-marrom a azul rapidamente progressivos envolvendo uma ou ambas as pernas. É um subtipo com chances de acometimento extracutâneo. Não há fatores de risco claramente definidos para o desenvolvimento desta doença e não há tendência hereditária identificável o que torna curioso o caso descrito, entendendo que a esporotricose poderia ser um ponto de gatilho, assim como vemos em linfomas não Hodgkin difuso de grandes células b sistêmico, já que os nódulos apareceram em mesma época estão em contato. Por se tratar de um distúrbio raro, faltam grandes estudos sobre a terapia. Os dados publicados sobre o tratamento consistem inteiramente em revisões retrospectivas e relatórios anedóticos porém as recomendações são similares ao linfoma difuso de grandes células B sistêmico assim como os casos refratários. Sendo então terapia de primeira linha com R-CHOP com ou sem radioterapia local.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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