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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S272-S273 (October 2023)
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HEMO 2023
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ESCORES DE EXPRESSÃO GÊNICA: UMA PROMISSORA ESTRATÉGIA PARA A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA EM CENTROS COM RECURSOS LIMITADOS
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MES Santos, ML Arrojo, GM Berbel, JPZ Murarolli, LLF Pontes, RA Panepucci
Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto (FUNDHERP), Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Introdução

A escolha da melhor conduta terapêutica para os pacientes com Leucemia Mieloide Aguda (LMA) depende de uma estratificação de risco precisa, a qual exige uma extensa caracterização citogenética e molecular. No entanto, a complexidade e os altos custos dos métodos utilizados impedem sua ampla adoção. Escores baseados na avaliação da expressão gênica têm mostrado um enorme potencial para a estratificação de risco, mas muitos deles também se baseiam em técnicas de alto custo. Nesse contexto, dada a popularização dos equipamentos de PCR quantitativo (qPCR), a identificação de um escore de risco baseado em um número pequeno de genes poderia permitir o estabelecimento de um teste de qPCR simples e de custo reduzido para auxiliar o manejo clínico dos pacientes nos centros sem acesso às abordagens usuais.

Metodologia

Trata-se de uma revisão da literatura em busca de escores de expressão baseados em poucos genes e com valor clínico validado.

Resultados

Dentre todos os escores identificados, destacam-se aqueles que refletem a biologia e o prognóstico dos pacientes com LMA. Em especial, o escore LSC17, composto pelos genes DNMT3B, NYNRIN, LAPTM4B, MMRN1, DPYSL3, KIAA0125, SOCS2, EMP1, NGFRAP1, CD34, GPR56, CDK6, CPXM1, AKR1C3, SMIM24, ARHGAP22 e ZBTB46, derivados para refletir a sobrevida global (SG), foi validado extensamente em grandes coortes. O escore LSC6-IR, derivado do anterior para predizer a resistência à quimioterapia de indução padrão da LMA, também se mostrou relevante.

Discussão

Como única variável contínua, o escore LSC17 previu melhor a resistência à quimioterapia de indução do que o risco citogenético (AUROC=0,78, versus 0,70). Em uma análise multivariada (considerando idade, contagem de leucócitos, risco citogenético e LMA de novo versus secundária), a inclusão do escore LSC17 melhorou significantemente a capacidade preditiva (AUROC=0,82 versus 0,73). O escore LSC6-IR teve uma predição ainda melhor (AUROC=0,81) (Ng et al. 2016). Em outro estudo, o escore LSC17 foi capaz de separar a população total de pacientes quanto à SG e manteve-se preditivo nos subgrupos sem fusões identificadas, ou com fusões envolvendo KMT2A, embora não tenha mantido sua capacidade preditiva dentro dos outros grupos de risco estabelecidos com base em marcadores citogenéticos e moleculares. No entanto, diferentes grupos de risco citogenéticos e moleculares foram associadas a diferentes faixas de escores, evidenciando a relação direta entre eventos oncogênicos de pior prognóstico e escores mais altos, e em linha com o enriquecimento de Células-Tronco Leucêmicas (Huang et al. 2022).

Conclusões

Os escores identificados melhoram a estratificação de risco de grupos com perfis citogenéticos e moleculares de baixo risco e de LMA Não especificada de outra forma (LMA NOS), nos quais não são identificadas aberrações moleculares ou citogenéticas definidoras. Importantemente, quando desconsideradas as informações citogenéticas e moleculares, os escores são capazes de estratificar a população de pacientes em diferentes grupos de risco. Portanto, no contexto de centros sem acesso às abordagens usuais de estratificação, o estabelecimento de qPCR para avaliação da expressão dos genes que compõem estes escores poderia fornecer uma importante ferramenta na tomada de decisões relativas ao manejo clínico dos pacientes.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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