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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S988-S989 (October 2023)
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HEMO 2023
Pages S988-S989 (October 2023)
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ENTENDENDO HEMOLISINAS E SUA IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA TRANSFUSIONAL
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MA Garcia, LS Pegorer, ACL Ribeiro, GFAD Santos, IM Moraes, MGM Nogueira, MHP Silva, LL Gatti, JCI Gazola
Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos (UNIFIO), Ourinhos, SP, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Objetivo

Elaborar uma apresentação destacando a importância dad hemolisinas em hemoterapia com relação a transfusões não isogrupo, essa palestra foi ministrada aos alunos dos cursos da saúde no Centro Universitário de Ourinhos (UniFIO).

Materiais e métodos

Realizada uma breve revisão de literatura em artigos publicados em periódicos, assim como a utilização de protocolos transfusionais como denominados pelo Ministério da Saúde, a apresentação foi elaborada na plataforma Canva e levada aos alunos dos cursos de Biomedicina, Farmácia e Enfermagem que tivessem em sua grade semestral as matérias de imunologia e hematologia.

Resultados

A palestra abordou inicialmente uma breve apresentação sobre os grupos de antígenos eritrocitários conhecidos, sendo os mais importantes na prática transfusional o ABO e Rh, esses podendo gerar reações graves caso não haja compatibilidade entre paciente e doador, reações do tipo hemolítica (que gera hemólise imediata), mais comumente relatadas, são decorrentes de incompatibilidade ABO. Essa hemólise ocorre devido a anticorpos naturais, anti-A e anti-B, que reagem com o sistema complemento e geram a destruição dos eritrócitos recém infundidos, ou em casos opostos, onde as imunoglobulinas presentes no concentrado de hemácias reagem com os eritrócitos do receptor, porém em uma escala menor. Essas imunoglobulinas presentes no plasma são denominadas de hemolisinas, esse termo é decorrente a sua capacidade de ligação com o sistema complemento, o que acarreta em hemólise.

Discussão

O tema principal abordado na palestra foi transfusões de concentrados de hemácias do tipo “O” em pacientes com outros fenótipos. Discutimos os riscos que ela pode gerar para a saúde do receptor, visto que as imunoglobulinas são geradas naturalmente de forma oposta a fenotipagem ABO, ou seja, indivíduos apresentam anticorpos contra os antígenos ausentes em suas hemácias, os doadores do grupo “O”, possuem tanto hemolisinas A quanto B, podendo acarretar a uma reação hemolítica; Devido ao fato dessas imunoglobulinas serem em grande maioria de classe IgM, elas possuem uma maior capacidade de ligação aos antígenos nos eritrócitos. Em 1923 o termo “O perigoso” passou a ser usado para doadores do tipo “O” que possuam uma titulação de suas hemolisinas igual ou superior a 1:100, em um concentrado de hemácias, que após seu processamentoapresenta uma quantidade de plasma do doador circulante, o que representa uma grande carga de anticorpos presentes nessa bolsa, podendo gerar uma reação hemolítica imediata ou tardia em certos casos. Outro cuidado a ser tomado com relação as hemolisinas, seria em gestantes do fenótipo “O”, onde os anticorpos presentes em seu plasma podem gerar danos ao feto, sendo uma das causas da doença hemolítica perinatal (DHPN), essa síndrome pode ser observada durante o parto, quando há grande troca de sangue da mãe com a criança.

Ao final da apresentação foi disponibilizado um panfleto digital com informações sobre incompatibilidade em transfusão, o mesmo panfleto foi colocado em cartazes de aviso pelos corredores da Universidade sob a forma de um QR Code.

Conclusão

O intuito dessa pequena palestra foi melhorar a divulgação em saúde, explicando a importância dos cuidados durante práticas de hemoterapia, abordando temas como incompatibilidade e reações transfusionais, dessa forma, deixando claro que um indivíduo de grupo O apresenta em seu soro/plasma anticorpos anti-A e anti-B, que podem gerar hemólise caso haja transfusão não isogrupo.

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Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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