Gerenciamento de RSS é conceituado como um aglomerado de ações estabelecidas direta ou indiretamente nos estágios de coleta, transporte, transbordo, tratamento, destinação final dos resíduos e disposição no meio ambiente de forma adequada. Os vários tipos de resíduos gerados nos estabelecimentos assistenciais de saúde, se manejados de forma incorreta, podem trazer danos aos profissionais que atuam nas etapas do manejo, na sociedade e no meio ambiente. Com o planeamento, os serviços de saúde são capazes de executar as laborações, reduzindo a geração de resíduos, acidentes e os impactos ambientais.

Definir o roteiro de coleta e transporte de RSS gerados no HEMOSE, com base no tipo de resíduo produzidos (grupos A B, D e E), instituindo horários e frequência de coleta.

Trata-se de uma pesquisa retrospectiva, crítica e fundamentada na NR 32, que dispõe acerca da saúde e a segurança para os indivíduos que atuam na área de saúde, pacientes, familiares e acompanhantes, e RDC 222, que dispõe sobre boas práticas de gerenciamento de RSS e no Manual para elaboração, implantação e gestão do Plano de gerenciamento de RSS (PGRSS) em Serviços de Hematologia e Hemoterapia. Foram efetuados procedimentos de coleta, armazenamento e transporte de RSS, seguidamente foi definida uma rotina de coleta para cada tipo de resíduo e por fim elaborado o fluxo de coleta com base na planta arquitetônica do HEMOSE, com auxílio do software AutoCAD 2023.

Os resíduos gerados na unidade são acondicionados em lixeiras específicas para cada tipo, devidamente identificadas, até capacidade preestabelecida (2/3) e coletadas conforme orientações da RDC 222/2018. Assim, operacionalização dos serviços nos setores da unidade, detalha os grupos de resíduo, os horários, a frequência, os EPIs utilizados e os carros coletores. Os profissionais responsáveis pela coleta seguem os Procedimentos Sistêmicos da Qualidade (PSQ) estabelecendo rotinas e traçando a rota para a realização da coleta dos resíduos. A partir disso, foi elaborado um fluxograma (layout) conforme a disposição dos setores do HEMOSE de acordo com a geração de resíduos por grupo.

Com as informações presentes na tabela e nas figuras observa-se que apesar do fluxo de coleta demonstrar precisão, os horários, os carros coletores e os abrigos acham-se distintos. Sendo assim, não há a possibilidade de comprometimento de fluxos. A utilização dos EPIs rotineiramente, é fundamental afim de que os procedimentos operacionais sejam realizados de maneira segura, minimizando os riscos de acidentes. Não obstante, as coletas de resíduos químicos são efetuadas de acordo com a geração do setor, em face disso o layout não traça a rota no fluxo supradito.

Conclui-se que a aplicação de uma rota detalhada, demonstrando de maneira ampla o périplo a ser percorrido, é capaz de propiciar não apenas a melhoria continua dos processos, tal como a minimização continua dos possíveis acidentes, assim como a preservação do empregado, da coletividade e do meio ambiente.