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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S201-S202 (October 2023)
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EFEITOS PROGNÓSTICOS DA UTILIZAÇÃO DOS INIBIDORES DA TIROSINA QUINASE NO TRATAMENTO DA LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
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AA Silvaa, JC Barretoa, MCA Wanderleyb, GJB Albertima,c
a Associação Caruaruense de Ensino Superior e Técnico Centro Universitário Tabosa de Almeida (ASCES- UNITA), Caruaru, PE, Brasil
b Faculdade de Medicina do Sertão, Arcoverde, PE, Brasil
c Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE), Recife, PE, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Introdução/Objetivos

Fornecer subsídios para uma melhor compreensão dos efeitos prognósticos dos inibidores da tirosina quinase (ITOs) no tratamento da leucemia mieloide crônica (LMC), que é uma disfunção mieloproliferativa de origem clonal medular, ocasionada pela translocação recíproca entre os cromossomos 9 e 22 no qual ocorre a fusão dos genes BCR-ABL e formação de um cromossomo quimérico, o Filadélfia (Ph+).

Material e métodos

Revisão sistemática de literatura que buscou avaliar o impacto do prognóstico dos ITQs no tratamento da LMC. A primeira etapa deste processo foi realizar buscas através dos bancos de dados do Science Directe e PubMed. Foram utilizadas as seguintes palavras-chave: (tyrosine kinase inhibitors) AND (treatment) AND (chronic myeloid leucemia). Não houve restrição quanto à língua da publicação. A pesquisa foi realizada no período de outubro de 2020.

Resultados

Foram encontrados 648 artigos na base de dados Science Direct e 34 artigos na PubMed, totalizando 682 artigos após a remoção de duplicatas. Após o processo de triagem conforme metodologia detalhada previamente, o texto completo foi avaliado para 49. Com base em critérios de inclusão e exclusão definidos, 17 artigos distribuídos entre estudos clínicos e análise de banco de dados (totalizando 4.573 pacientes) atenderam a todos os critérios de buscas estabelecidos. Os estudos incluídos nessa revisão sistemática foram publicados entre 2015 e 2020, sendo onze multicêntricos (64%). Os artigos selecionados foram submetidos a um processo de pontuação que considerou parâmetros essenciais a interpretação dos resultados obtidos como acompanhamento mediano e tamanho da amostra. Dos quais apenas três artigos (16%) receberam pontuação seis, a máxima possível, e 41% (sete artigos) receberam pontuação cinco.

Discussões

No que tange os ITQs, 64,7% dos estudos analisados utilizaram o mersilato de imatinibe, seguido do nilotinibe e dasatinibe. Nenhum artigo utilizou o bosutinibe, o que se demonstrou um fator limitante a pesquisa. A respeito do monitoramento da eficácia, os artigos com melhores resultados terapêuticos obtiveram valores elevados de resposta citogenética completa (CCyR) e reposta molecular profunda (MMR) que foram associadas a altas taxas de sobrevida global e livre de progressão da doença. Diante das observações constatadas, é inegável o sucesso terapêutico possibilitado pelos ITQs no melhor prognóstico dos pacientes com LMC. Observou-se que o mersilato de imatinibe, medicamento de primeira escolha para o tratamento da LMC, oferece uma boa resposta terapêutica, possuindo como fator limitante algumas mutações que o inviabiliza. Já o dasatinibe e o nilotinibe, oferecem uma ótima resposta terapêutica, possuindo apenas uma mutação que os restringe, podendo ser repensados como primeira opção terapêutica em alguns casos, visto os bons resultados evidenciados. Já o ponatinibe, embora único recurso disponível para a mutação T3151, deve ser prescrito com cautela, dado os possíveis efeitos colaterais em potencial.

Conclusões

Concluiu-se através dessa revisão sistemática, que embora a LMC seja uma doença potencialmente fatal, com o advento da terapia dos ITQs, tornou-se eminentemente tratável para a maioria dos pacientes, com prognóstico terapêutico bastante promissor. Entretanto, visando a maximização do plano terapêutico é indicado a prévia análise dos aspectos clínicos de cada paciente juntamente a indicação de cada ITQs na tomada de decisão.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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