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Vol. 44. Issue S2.
Pages S341 (October 2022)
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DOENÇA RESIDUAL MÍNIMA EM CRIANÇAS COM LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA COMO MARCADOR PROGNÓSTICO
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KHR Costaa, VU Lavoratoa, HC Teixeirab, IMQ Magalhãesc, R Camargoc, ACS Diasc, RM Pontesc, JCM Córdobac, V Tizianc, FM Furtadoc
a Escola Superior de Ciência da Saúde, Brasília, DF, Brasil
b Centro Universitário Euroamericano, Brasília, DF, Brasil
c Hospital da Criança de Brasília José Alencar, Brasília, DF, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Objetivos

Identificar a presença de Doença Residual Mínima (DRM) em crianças com diagnóstico de Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) atendidas em um hospital de referência do Distrito Federal e avaliar o impacto do perfil de risco na sobrevida dos pacientes.

Material e métodos

Trata-se de um estudo observacional, longitudinal e retrospectivo que selecionou pacientes com idade entre 1 e 18 anos e com diagnóstico de LLA que foram acompanhados pelo serviço. Excluíram-se pacientes com Síndrome de Down. A amostra foi estratificada em baixo, médio e alto risco com base no subtipo de LLA, na faixa etária, no percentual de células leucêmicas residuais e em marcadores genéticos. Foram obtidas as estatísticas descritivas das variáveis de interesse e conduzida uma análise de sobrevivência pelo método de Kaplan-Meier. Avaliou-se a sobrevida global dos pacientes, a qual considerou apenas o desfecho óbito, bem como a sobrevida livre de doença, que incluiu desfechos de óbito ou recaída.

Resultados

Analisaram-se os prontuários de 115 pacientes, com 106 alcançando critérios de inclusão. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (n = 59) e possuia diagnóstico de LLA-B (93,4%), com uma minoria de portadores de LLA-T (6,6%). Mais da metade da amostra foi classificada como risco intermediário (n = 61), havendo ainda 18 pacientes de baixo risco e 18 de alto risco. Observou-se óbito como desfecho em 13,2% dos pacientes, dos quais 6 eram de risco intermediário e 8 de alto risco. A análise de sobrevida global demonstrou uma média de tempo até o óbito de 42 meses (95% IC 39,1‒44,9). Não houve óbitos no grupo de baixo risco e o tempo de sobrevida foi significativamente menor (p < 0,01) no grupo de alto risco (28,8 meses, 95% IC 19,0‒38,7) do que no de risco intermediário (43,4 meses, 95% IC 40,0‒46,9). O tempo de sobrevida livre de doença também diferiu entre os grupos (p = 0,006), com os pacientes de alto risco apresentando as menores médias de tempo (28,7 meses, 95% IC 18,7‒38,6). A sobrevida livre de doença foi de 35,9 meses (95% IC 31,9‒39,9) para o grupo de baixo risco e de 41,4 meses (95% IC 37,4‒45,4) para o de risco intermediário.

Discussão

Ospacientes estratificados como alto risco têm um prognóstico pior, apresentando menores médias de tempo de sobrevida global e livre de doença. Na sobrevida livre de doença, observaram-se médias de tempo menores no grupo de alto risco, como esperado pelas hipóteses levantadas para este estudo. No entanto, os pacientes de baixo risco tiveram menor tempo de sobrevida livre de doença do que aqueles classificados como risco intermediário. Isso porque a média do tempo de seguimento dos pacientes de baixo risco foi menor que a do grupo risco intermediário. Entre o grupo do paciente de baixo risco houve apenas uma recaída e nenhum óbito.

Conclusão

A estratificação de risco levando em consideração a presença de DRM se mostrou como uma ferramenta de importante valor prognóstico. Dessa forma, é preciso ampliar os estudos a fim de fortalecer as evidências e aprimorar o entendimento sobre os impactos da DRM nos desfechos clínicos dos pacientes com LLA.

Apoio financeiro

Bolsa de iniciação científica Hospital da Criança de Brasília José Alencar.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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