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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S910-S911 (October 2023)
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HEMO 2023
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DIAGNÓSTICO E PROSERVAÇÃO DE LESÕES ORAIS POTENCIALMENTE MALIGNAS EM PACIENTES COM DOENÇA DO ENXERTO CONTRA O HOSPEDEIRO CRÔNICA ORAL: RELATO DE CASOS CLÍNICOS
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GA Ramos, BH Chiouhami, MCR Moreira, DC Goldemberg, HS Antunes
Instituto Nacional de Câncer (INCA), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Objetivo

Apresentar o fluxo de atendimento no diagnóstico das lesões orais potencialmente malignas em pacientes com doença do enxerto contra o hospedeiro crônica oral.

Materiais e métodos

Foram selecionados dois pacientes do sexo masculino, com diagnóstico de leucemia mieloide crônica (LMC) que foram submetidos ao transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) alogênico aparentado, com mais de 10 anos de pós transplante e com doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) crônica tardia em cavidade oral. Os dados clínicos destes pacientes foram coletados nas consultas semestrais de controle pela equipe de odontologia. A consulta odontológica para avaliação da presença de lesões orais compatíveis com DECH crônica contemplou avaliação da coloração, forma, volume e textura da mucosa oral e além dos critérios do consenso do NIH/2015.

Resultados

Caso clínico 1: paciente do sexo masculino, 44 anos, com diagnóstico de LMC foi submetido ao TCTH em 19 de junho de 2002. O paciente apresentou lesões liquenoides com características de DECH crônica na cavidade oral em 2003, tratadas com bochecho de dexametasona. As lesões liquenoides em mucosa jugal e lábio inferior aumentaram com o uso de aparelho ortodôntico fixo em 2012 e regrediram parcialmente após a remoção do mesmo, quando se optou por realizar uma biópsia incisional em 2013 (11 anos pós-TCTH), com laudo histopatológico de hiperplasia epitelial sem atipias e hiperceratose. O paciente é mantido em controle semestral, sem alteração das características clínicas das lesões (21 anos pós-TCTH). Caso clínico 2: paciente do sexo masculino, 50 anos, com diagnóstico de LMC foi submetido ao TCTH em 20 de fevereiro de 2008. O paciente apresentou lesões liquenoides com características de DECH crônica na mucosa jugal em 2013 (cinco anos pós-TCTH), tratadas com bochecho de dexametasona que regrediram parcialmente e que permaneceram até o presente momento. Assim como o primeiro relato de caso, este paciente também foi submetido a biópsias que confirmaram o diagnóstico de DECH crônica oral, sendo mantido em controle semestral, sem alteração das características clínicas das lesões (15 anos pós-TCTH).

Discussão

Os presentes casos relatam dois pacientes com 15 e 21 anos de pós-TCTH tardio, que foram tratados para DECH crônica da cavidade oral e acompanhados pela odontologia. Após o tratamento não apresentar mais resposta e as lesões não apresentarem sintomatologia dolorosa e nem características de aumento ou progressão, optou-se por cessar as medicações e manter o acompanhamento destes pacientes a cada seis meses. Além disso, foram realizadas biópsias em áreas com características clínicas diferenciadas para controle, com resultados positivos para DECH crônica e para lesões potencialmente malignas.

Conclusão

Podemos concluir que é de extrema importância a manutenção do acompanhamento de pacientes no pós-TCTH tardio, em virtude do maior risco do aparecimento de carcinoma de células escamosas secundário que pode ser precedido por lesões potencialmente malignas na cavidade oral. Em um dos casos apresentados o controle semestral foi fundamental para o diagnóstico precoce das lesões potencialmente malignas.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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