Journal Information
Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S148 (October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S148 (October 2023)
Full text access
DIAGNÓSTICO DE PROLIFERAÇÃO DE CÉLULAS DENDRÍTICAS PLASMOCITOIDES MADURAS ASSOCIADA A NEOPLASIA MIELOIDE POR IMUNOFENOTIPAGEM POR CITOMETRIA DE FLUXO: RELATO DE CASO
Visits
254
MS Vieira, NA Marcondes, LS Martínez, FB Buttow, DCS Baranzelli, FB Fernandes
Laboratório Zanol, Porto Alegre, RS, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

More info
Introdução

A proliferação de células dendríticas plasmocitóides maduras (MPDCP) associada a neoplasia mieloide é uma proliferação clonal de células dendríticas plasmocitóides (pDCs) no contexto de neoplasias mieloproliferativas e mielodisplásicas, descrita como uma entidade a parte na 5ªedição da classificação da OMS de tumores hematopoiéticos e linfoides. Ocorre predominantemente em homens na média de idade de 69-72 anos, podendo apresentar manifestação cutânea. Seu diagnóstico por imunofenotipagem por citometria de fluxo (ICF) depende da identificação de ≥2% de pDCs maduras na medula óssea (MO) e/ou sangue periférico, com expressão de CD123 e CD303, ausência de CD11c e expressão fraca ou ausente de CD56. A perda ou expressão aberrante de marcadores de diferentes linhagens é comum, caracterizando um imunofenótipo bastante variável.

Objetivos

Relatar casos de pacientes com MPDCP associada a neoplasia mieloide identificada por imunofenotipagem por citometria de fluxo.

Relato de caso 1

Paciente masculino, 82 anos, com pancitopenia. O medulograma foi compativel com síndrome mielodisplásica com excesso de blastos 1 (SMD-EB-1). A ICF de MO identificou população anormal (cerca de 4,2% do total de eventos) com expressão fraca de CD34, CD4 e CD45 e ausência de CD117 e CD56. Marcações adicionais revelaram expressão de HLA-DR, TCL1 citoplasmático e CD123, compatível com células dendríticas plasmocitóides maduras com expressão anormal de marcadores, que, associado ao medulograma, cumpre os critérios diagnósticos para MPDCP associada a neoplasia mieloide.

Relato de caso 2

Paciente masculino, 77 anos, com histórico de mielodisplasia e suspeita de evolução para mielofibrose. O medulograma foi compatível SMD-EB-1 e a ICF de MO identificou população de cerca de 3,6% dos eventos com expressão fraca de CD4 e CD45 e parcial de CD10 e CD38; e ausência de CD56, CD34, CD117, CD3 e CD5. Marcações adicionais mostraram a expressão de HLA-DR, TCL1 fraco, CD123, CD7 parcial e CD2 parcial; e ausência de expressão de CD11c. Os achados do medulograma em conjunto com imunofenotipagem foram compatíveis com MPDCP associada a neoplasia mieloide.

Discussão e conclusão

Diferentes hipóteses foram levantadas no caso 1 em relação à população anormal identificada, levando a marcações adicionais sob as suspeitas de basófilos com expressão inespecífica de CD4 e CD34, de células mieloides imaturas com imunofenótipo anormal ou de células de linhagem monocítica imaturas, descartadas pela expressão dos marcadores testados. Na semana seguinte, recebemos o caso 2. Por se tratar de um imunofenótipo com características semelhantes ao caso anterior, a primeira hipótese foi de pDCs, que se confirmou com marcações extras. A conclusão do exame no caso 1 foi consideravelmente mais desafiadora que no caso 2, necessitando a investigação de mais marcadores para excluir as hipóteses formuladas. Isso demonstra que conhecer o imunofenótipo da MPDCP é útil para identificá-la com maior facilidade, possibilitando assim um correto diagnóstico, bem como permitindo redução de custos com marcações desnecessárias.

Full text is only aviable in PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Article options
Tools