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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S782-S783 (October 2023)
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HEMO 2023
Pages S782-S783 (October 2023)
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DESEMPENHO DOS SERVIÇOS DE HEMOTERAPIA NA AVALIAÇÃO EXTERNA DA QUALIDADE EM IMUNO-HEMATOLOGIA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
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189
P Muradora, MRD Nascimentob, MSPF Barrosc, LC Rodriguesd, TS Frauchese, ALV Rochaf, AK Ramosg, AM Ferreirah, EJ Schörneri, HPF Camilog
a Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados – Ministério da Saúde (CGSH/MS), Brasília, DF, Brasil
b Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (HEMOAM), Manaus, AM, Brasil
c Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (HEMOPE), Recife, PE, Brasil
d Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Pará (HEMOPA), Belém, PA, Brasil
e Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (HEMORIO), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
f Hemocentro de Botucatu, Botucatu, SP, Brasil
g Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), São Paulo, SP, Brasil
h Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado de Minas Gerais (HEMOMINAS), Belo Horizonte, MG, Brasil
i Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (HEMOSC), Florianópolis, SC, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Introdução

A Avaliação Externa da Qualidade (AEQ) é uma ferramenta do Ministério da Saúde, gerenciada pela Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH), a qual é responsável por promover o envio gratuito e regular de avaliações práticas e teóricas para a rede de serviços de hemoterapia brasileira que atendem ao SUS para ampliação da capacidade de controle de seus processos e aumento da segurança transfusional. Do total de 1.662 Serviços de Hemoterapia (SH) públicos e privados com atendimento ao SUS no Brasil, 1.254 participam das avaliações da AEQ Imuno-Hematologia (AEQ-IH), ou seja, 75%.

Objetivo

Avaliar o desempenho dos SH participantes da AEQ-IH por meio dos resultados dos testes pré-transfusionais para subsidiar a CGSH na identificação de fragilidades destes serviços e no estabelecimento de estratégias de melhorias.

Metodologia

Foram avaliados os resultados reportados pelos participantes por meio da Plataforma Digital (Sistema AEQ) referente ao período de novembro de 2021 a maio de 2023. Nesse período foram enviadas aos SH participantes 3 avaliações práticas, sendo cada uma composta por 2 amostras de suspensão de hemácias e 2 amostras de plasma para realização dos testes: Classificação ABO e RhD, Teste da Antiglobulina Direta (TAD), Fenotipagem (Rh e Kell), Pesquisa de Anticorpos Antieritrocitários Irregulares (PAI), identificação de Anticorpos Antieritrocitários Irregulares (IAI) e prova cruzada (PC). Para este trabalho foram selecionados para análise os resultados na realização dos testes: ABO, RhD, TAD, PAI e PC.

Resultados

os resultados analisados foram de 88% dos serviços participantes que responderam às 3 avaliações. Dentre as análises realizadas foram reportados os acertos: ABO 99,3%, RhD 98,8%, TAD 97,6%, PAI 93,8% e PC 93,9%.

Discussão

Os erros apresentados para os testes analisados foram, em sua maioria, resultados divergentes das amostras enviadas, ocasionadas possivelmente por erro técnico ou por falha na transcrição do resultado. Esta análise alerta para a necessidade de estabelecer melhorias nos procedimentos laboratoriais e aprimorar as ferramentas de controle interno já utilizadas pelo serviço. Foi observado também que os SH apresentaram maior dificuldade em detectar a presença de anticorpos irregulares nas amostras PAI positivas, visto que 5,6% apresentaram resultados falso-negativos e 0,6% resultados falso-positivos. Apesar das fenotipagens ABO e RhD apresentarem baixo percentual de erros, seu impacto na transfusão é considerável. Da mesma forma merece atenção a ocorrência de 6% de erros nas provas cruzadas, visto que são críticas nas condutas transfusionais. Importante destacar que 11% dos SH não executam o teste TAD, de acordo com a Portaria de consolidação nº 5/2017 a agência transfusional deve estar habilitada para realização do TAD na investigação de reação transfusional hemolítica, bem como os laboratórios de doadores e pacientes também são orientados para realização do teste na resolução de casos discrepantes.

Conclusão

Considerando que a AEQ-IH é uma importante ferramenta de autoavaliação para aprimoramento dos SH, seus gestores precisam avaliar os respectivos resultados, as causas e impactos dos desvios e propor ações corretivas e preventivas. Também é importante que a Rede de Serviços de Hemoterapia, em parceria com a CGSH, fomentem a participação dos SH na AEQ-IH, por meio de treinamentos contínuos, de modo a auxiliar os SH na minimização das deficiências e promoção das melhorias.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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