Journal Information
Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S896 (October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S896 (October 2023)
Full text access
DESCENTRALIZAÇÃO DA TÉCNICA DE INFUSÃO DE MEDICAMENTOS PRÓ-COAGULANTES (MPC) EM PESSOAS COM HEMOFILIA (PCH): ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Visits
149
CSMD Santos, MNM Souza, LDSS Nunes, JRP Bezerra
Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Fundação HEMOPA), Belém, PA, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

More info
Introdução e objetivos

O projeto de descentralização da técnica de infusão de MPC surge quando a equipe multidisciplinar situa em suas intervenções o usuário no centro do processo de tratamento, por meio de uma escuta qualificada, acolhendo, empaticamente suas. Dessa forma, buscamos relatar a experiência da equipe multidisciplinar do HEMOPA, no processo de descentralização da técnica de infusão de MPC para a rede de atenção à saúde (RAS) no estado do Pará, no período de 2015 a 2023.

Materiais e métodos

Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem quali-quantitativa, trabalhando dados pertinentes a 28 PCH inseridas no projeto de descentralização da técnica de infusão de MPC, entre 2015 a 2023. Os dados coletados são do relatório do projeto e estavam agrupados de forma a garantir o anonimato dos sujeitos envolvidos.

Resultados

No período em pauta fizeram parte do projeto 28 PCH, sendo 22 hemofílicos A e seis B, distribuídos em cinco municípios e quatro na região metropolitana de Belém. Da RAS foram trabalhadas in loco, Unidade Municipal de Saúde (três), Unidade Básica de Saúde (11), Unidade de Pronto Atendimento (oito). Sete das 22 unidades, além de realizarem a infusão do MPC, fazem ainda, seu armazenamento. As PCHs envolvidas no projeto se encontram na faixa etária: 0 a 12 (17), 13 a 25 (sete) e a partir de 26 (uma). Ademais, inferiu-se que das 28 PCH, seis realizaram o treinamento para a infusão em residência. Diante desse cenário, a equipe multidisciplinar do projeto (enfermeira/assistente social/psicóloga e farmacêutico) coordenou o processo, procedendo com a intervenção, mediação e interlocução necessária entre a RAS e os usuários, suas necessidades de saúde e tratamento.

Discussão

Conhecer a história de vida do paciente, suas prioridades socioafetivas, envolver a família e trocar experiências são atitudes que ajudam a estabelecer argumentos que estimulam o autocuidado e a corresponsabilidade pelo seu plano terapêutico. Advertimos ainda, as dificuldades das famílias, sobretudo àquelas com usuários em profilaxia na primeira infância (0 a 12), que necessitam ir em média três vezes por semana ao hemocentro, para a realização da infusão MPC. Tal fato é recorrente nas famílias que não dispõem de infraestrutura para armazenamento do medicamento e/ou sem habilidade para a infusão em domicílio. Destacamos a seriedade da interlocução com a rede de atenção à saúde, especialmente quando nossas ações estão focadas na atenção integral aos usuários. Assim, expandir informação e capacitação para a RAS significa qualificar o cuidado, descentralizar ações e expandir possibilidades de inclusão através da disseminação de conhecimento especializado.

Conclusão

A equipe multidisciplinar com foco na atenção personalizada do cuidado teve habilidade de intervir e estreitar o vínculo entre os envolvidos na descentralização MPC, possibilitando ao indivíduo acolhimento e motivação na terapêutica em um ambiente participativo, onde o sujeito, confiante adquiriu mais controle e conhecimento sobre a patologia. Avanços na descentralização e redução do itinerário terapêutico são pontos indiscutíveis, assim como, a redução dos danos causados pela instabilidade do tratamento.

Full text is only aviable in PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Article options
Tools