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Vol. 42. Issue S2.
Pages 416 (November 2020)
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DADOS DE PRODUÇÃO E ANÁLISE DESCRITIVA DAS UNIDADES DE SANGUE DE CORDÃO UMBILICAL E PLACENTÁRIO COLETADAS PARA O USO CLÍNICO PELO CETEBIO – FUNDAÇÃO HEMOMINAS
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P.R.M.P. Pederzoli, N.G. Cruz, J.G.S. Cézar, C.M.G. Moraes, J.S.S. Morais, R.M. Silva, A.R. Belisário, L.A. Costa, M.D.S.B.S. Furtado, R.K. Andrade, A.P.C. Funes, J.R. Luz, M.C. Martins, K.L. Prata, M.R.I.S. Libânio
Fundação Hemominas, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Introdução: A utilização das células progenitoras hematopoéticas (CPH) obtidas do sangue de cordão umbilical e placentário (SCUP) apresenta vários benefícios para o transplante de medula óssea (TMO). Neste sentido, o Centro de Processamento Celular (CPC) do Cetebio, integrante da RedeBrasilCord, coleta, processa, criopreserva e disponibiliza CPH-SCUP com qualidade e segurança, seguindo os critérios estabelecidos na legislação brasileira e pela Associação Americana de Bancos de Sangue (AABB). Objetivo: Foi analisar descritivamente as características das unidades de CPH-SCUP destinadas ao uso clínico, bem como os dados de produção do CPC. Material e métodos: Avaliou-se, retrospectivamente, os dados de unidades de CPH-SCUP obtidos entre maio 2017 e julho de 2020. Resultados: Neste período foram realizadas 5.450 pré-triagens. Destas gestantes, 1.316 (24%) foram abordadas, sendo realizadas 389 (30%) coletas. Os principais motivos para a não realização da coleta foram: parto na água 154 (17%); negativa materna 140 (15%); parto fora do horário de trabalho da equipe 123 (13%); inaptidão em etapas da doação ou trabalho de parto 116 (12%) e encaminhamento para cesárea 96 (10%). Os principais motivos para descarte pós-coleta foram: volume processado inferior a 70 mL (64%) e celularidade (TCN) inferior a 10×10 e 8 (11%). Das 71 unidades processadas, 61 (86%) foram através da plataforma AXP II System e 10 (14%) pela Sepax Cell Separation System. O volume médio inicial das unidades foi de 96,5 mL (71,7–165,3) e a celularidade média de 15,1×10 e 8 (6,1–28,9). O volume médio criopreservado foi de 20,8 mL (20,1–21,3). A recuperação média final de TCN foi 81,5% (54,9–96,7) e a média de células CD34+ viáveis foi 4,0×10 e 6 (0,2–12,2). Após o processamento, 41 unidades estão armazenadas e disponíveis para uso clínico, sendo 4 destinadas ao uso aparentado. Os motivos de descarte durante ou após o processamento foram: 10 com quantificação de CD34+ inferior a 1,25×10 e 6; 5 (7%) com intercorrência no processamento ou na criopreservação; 3 (4%) com microbiológico positivo (1 Bacillus sp., 1 Micrococcus luteus e 1 Staphylococcus epidermides); 3 (4%) com inaptidão clínica e 2 (3%) com sorologia reagente (1 Sífilis e 1 Anti-HBc). Sete (23%) aguardam testes de controle de qualidade. O crescimento de colônias no ensaio clonogênico pré-criopreservação foi observado em 68 (96%) unidades. A presença de hemoglobina S em heterozigose foi identificada em 5 (7%) das unidades SCUP processadas e em 8 (11%) amostras maternas. Uma bolsa foi liberada para a realização de TMO alogênico aparentado em criança com Anemia Falciforme. Discussão: Nossos resultados corroboram com o descrito na literatura em relação à baixa taxa de utilização e a dificuldade de se estabelecer um inventário com qualidade, em que pese o grande número de unidades descartadas pré-processamento. Além disso, o baixo número de bolsas coletadas se comparado ao o número de gestantes pré-triadas nos sinaliza que uma avaliação detalhada do perfil de atendimento da maternidade seja importante para o direcionamento das atividades do CPC. Conclusão: É possível avaliar que apesar do número elevado de gestantes com potencial de doação, isso não garante um inventário numeroso e de qualidade. Estes resultados podem subsidiar a tomada de decisão ao avaliar a necessidade de buscar novos serviços para captação de doação.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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