Journal Information
Vol. 44. Issue S2.
Pages S550 (October 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 44. Issue S2.
Pages S550 (October 2022)
Open Access
CORREÇÃO DA CONTAGEM DE LEUCÓCITOS EM PACIENTE COM NEOPLASIA MIELOPROLIFERATIVA E FRAGMENTOS DE MEGACARIÓCITOS CIRCULANTES NO SANGUE PERIFÉRICO
Visits
877
ARP Menezes, TZ Ferreira, CF Matias, LA Oliveira, AF Sandes, MLC Arantes
Grupo Fleury, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 44. Issue S2
More info
Objetivo

Relatar o caso de um paciente com neoplasia mieloproliferativa e os achados morfológicos visualizados através da microscopia e automação digital em amostra de sangue periférico.

Metodologia

Recebida amostra de hemograma para avaliação automatizada e morfológica. A análise foi realizada em equipamento automatizado, por citometria de fluxo fluorescente e impedância, que possui tecnologia com avançada precisão, especificidade e produtividades. O equipamento conta com a quantificação dos eritroblastos (NRBC) no canal de leucócitos para todas as amostras, o que elimina a necessidade da correção da contagem dos mesmos. Conta ainda com análise de plaqueta fluorescente, eliminando possíveis interferentes.

Resultado

Paciente do sexo masculino, 68 anos, com antecedentes de trombocitose e fragmentos de macrotrombócitos em exames prévios, cuja investigação com pesquisa da mutação V617F no gene JAK2 resultou positiva. Durante a avaliação hematológica laboratorial foram detectados anemia (Hb 10,1 g/dL, Ht 31,6%), leucocitose (25.760/mm³) com o seguinte diferencial: neutrófilos (9.390/mm³), linfócitos (6.200/mm³), monócitos (8.060/mm³), eosinófilos (1.800/mm³), basófilos (310/mm³) e plaquetas de 595.000/mm³. Ao realizar a avaliação morfológica digital, observamos numerosos macrotrombócitos, núcleos livres de megacariócitos e megacariócitos jovens circulantes. A presença destes fragmentos nucleares pode elevar falsamente o número de leucócitos quantificados pela automação, sendo necessário realizar a correção da contagem global dos mesmos. A fórmula utilizada para correção da contagem global dos leucócitos teve o objetivo de subtrair a quantidade de fragmentos de megacariócitos, contada como linfócitos. Então, multiplicamos o número de leucócitos totais por 100 e dividimos pela contagem da soma de restos nucleares e leucócitos contados diferencialmente, chegando à correção do resultado de leucócitos igual a 19.510/mm³.

Discussão

Os analisadores hematológicos automatizados possuem metodologia por citometria de fluxo fluorescente e impedância. No caso em questão, a análise por impedância favoreceu a contagem dos restos nucleares como leucócitos e a análise citométrica classificou-os como linfócitos, o que elevou erroneamente o número total de leucócitos.

Conclusão

Para avaliação correta do hemograma é necessário o domínio das ferramentas automatizadas de análise do contador hematológico, além de observação criteriosa do esfregaço de sangue periférico pelo morfologista. O conhecimento das limitações e interferentes na avaliação das células sanguíneas é de extrema importância para evitar a liberação de contagens que não correspondem à verdadeira celularidade dos pacientes.

Full text is only aviable in PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Article options
Tools