Este trabalho teve o objetivo de analisar e comparar dois métodos automatizados de contagem de plaquetas com interferentes plaquetários (hemácias microcíticas, esquizócitos, plaquetas gigantes e grumos plaquetários), pelos métodos de impedância elétrica e óptica.

O presente estudo teve aspecto descritivo, analítico com levantamento dos resultados laboratoriais de 235 amostras de pacientes com contagens de plaquetas pelos métodos de impedância elétrica e óptica identificados pelo equipamento Yumizen H2500, fabricante HORIBA ABX SAS, atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), durante o período de outubro de 2022 a janeiro de 2023 para posterior comparação entre os métodos.

Dos dados coletados observou-se uma proporção de 46,8% de amostras com Microcitose (hemácias com o volume inferior a 70 fL); 21,7% de Esquizócitos; 13,6% de Grumos plaquetários; 17,9% de Plaquetas gigantes (plaquetas com o volume superior a 30 fL). Como resultado, as amostras avaliadas com os respectivos interferentes plaquetários em ambas as contagens automatizadas, apurou-se que as alterações morfológicas dos eritrócitos (hemácias com volume inferior a 60 fL e esquizócitos) mostraram que os resultados foram significativamente superestimados em relação as contagens de plaquetas pelo método de impedância em comparação ao método óptico.

No decorrer das análises do presente estudo observou-se que há algumas tendências nas contagens de plaquetas pelo método de impedância para mais ou para menos em relação a contagem óptica. Porém, apenas as alterações morfológicas nos eritrócitos em relação ao seu volume das hemácias inferiores a 60 fL e a presença de esquizócitos influenciam de forma significativa na contagem de plaquetas por impedância, sendo necessário a confirmação pelo método óptico. Diante disto, vê-se necessário a confirmação da contagem de plaquetas pelo método óptico, quando estas estiverem com os respectivos interferentes anteriormente citados.