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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S776-S777 (October 2023)
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HEMO 2023
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BANCO DE DOADORES FENOTIPADOS E SUA IMPORTÂNCIA NO ATENDIMENTOS DE PACIENTES ALOIMUNIZADOS EM SERVIÇO PRIVADO DE BRASÍLIA – DF
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PDS Teixeira, BCA Alencar, ID Lima, NRS Remígio, SMC Lira
Grupo GSH, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Introdução

Aloanticorpos antieritrocitários irregulares são especificados de acordo com o sistema eritrocitário ao qual pertence. Dentre todos os sistemas, os de maior relevância são: sistema Rh, Kell, Kidd, Duffy, MNSs, sendo o sistema Rh o mais imunogênico e complexo. A incidência desses anticorpos representa um risco na rotina transfusional e um grande desafio para os bancos de sangue. O conhecimento do perfil epidemiológico de pacientes com risco de aloimunização eritrocitária e os principais anticorpos envolvidos permite ao banco de sangue convocar doadores e adequar o estoque de hemocomponentes para o atendimento desses pacientes de forma mais rápida e segura.

Objetivo

Determinar o perfil epidemiológico de doadores diante da necessidade dos pacientes aloimunizados atendidos pelo Banco de Sangue de Brasília do grupo GSH no período de um ano.

Materiais e métodos

O banco de sangue de Brasília é responsável pelo abastecimento de hemocomponentes de 7 hospitais de grande porte do Distrito Federal e 2 unidades de transfusão ambulatorial. Devido a demanda e complexidade local, realiza a fenotipagem RH e Kell de todas as doações. Os dados epidemiológicos e a incidência dos fenótipos foram obtidos através de análise retrospectiva do sistema informatizado no período de um ano (2022‒2023).

Resultados

Foram evidenciados 8059 doadores (38,5% do sexo feminino e 61,5% do sexo masculino), dos quais apenas 13,45% é RhD negativo. Observa-se que 14,58% são homozigotos dominantes para RhC (C+ c-); 38,74% (C- c+) >46,68% apresentam se em heterozigose (C+ c+). Já no RhE, 21,98% da população é heterozigota (E+ e+), 75,41% é homozigota recessiva (E- e+) e 2,61% é homozigota dominante (E+ e-). A prevalência do antígeno Kell na população em questão é de 4,98%. Na população receptora, obtivemos o número total de 2791 pacientes atendidos neste período, dos quais 140 (5,02%) apresentaram pesquisa de anticorpos irregulares positiva. A presença de aloanticorpos foi evidenciada em 118 pacientes (84,29%) e a prevalência destes corresponde a Anti-D (29,67%), Anti-E (28,81%), Anti-C (13,56%), anti-c (5,93%), anti-e (0,85%), anti-K (11,02%) e outros sistemas (39,83%). Em 34 pacientes (28,81%) foram encontradas associações de anticorpos e 22 pacientes (15,71%) apresentaram autoanticorpos.

Discussão

O achado de que a maioria dos pacientes atendidos possuem aloanticorpos dirigidos contra os sistemas Rh e Kell evidencia a importância da fenotipagem dos doadores de sangue para esses sistemas. Embora os fenótipos dos doadores sejam diferentes dos descritos na literatura, o atendimento de pacientes aloimunizados pode ser majoritariamente realizado pelo banco de sangue produtor.

Conclusão

A fenotipagem de todos os doadores para os sistemas RH e Kell auxilia na segurança transfusional e garante um atendimento mais rápido a grande parte dos pacientes. O perfil fenotípico dos doadores de Brasília é correspondente aos aloanticorpos encontrados nos pacientes e a fenotipagem para outros sistemas eritrocitários em grupo de doadores selecionados pode ser uma alternativa para garantir o atendimento integral.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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