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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S981-S982 (October 2023)
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HEMO 2023
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AVALIAÇÃO DO PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ONCO-HEMATOLÓGICOS ADMITIDOS COM NEUTROPENIA FEBRIL NO HC-UFTM
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GR Andrade, IAG Oliveira, GA Pereira, FB Vito, H Moraes-Souza
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba, MG, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Objetivo

Avaliar o perfil demográfico, epidemiológico e clínico de pacientes oncohematológicos com neutropenia febril (NF) e verificar possíveis associações entre esses perfis.

Materiais e métodos

Trata-se de estudo descritivo, observacional e transversal a partir de dados de prontuários levantados por dois revisores independentes. A população alvo envolve internações de pacientes com NF da Onco-hematologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) entre jan/2018 e dez/2022. Variáveis demográficas, epidemiológicas e clínicas foram analisadas a partir de estatística descritiva, apuração de frequências, medidas descritivas e teste de associação qui-quadrado, com nível de significância de 5%.

Resultados

Das 724 internações no período, 120 foram referentes a 67 pacientes que atenderam os critérios de inclusão. Quanto ao perfil demográfico e epidemiológico, a idade variou de 18 a 85 anos com média de 44,8 ± 16 anos, 64,2% eram do sexo masculino, 58,2% eram brancos, 74,6% possuíam até o ensino médio, 62,7% eram procedentes de Uberaba (49,3%). O número de internações por paciente variou de uma a cinco, sendo que 53,7% apresentarem uma internação e 46,3% duas ou mais. Quanto ao perfil clínico, 72,5% ocorreram no período da manhã ou tarde; quanto ao tempo relatado entre o início da febre e internação este variou de 1 hora a 360 horas com média de 23,4 ± 44,2 horas, sendo 31,7% nas primeiras 6 horas, 55,8% entre 6 e 24 horas e 12,5% após 1 dia. No momento da internação, em 37,5% dos casos o paciente apresentava-se afebril. Quanto ao tempo de internação, houve variação de 1 a 53 dias, com média de 11 ± 7 dias, sendo 43,3% com duração de até uma semana e 19,2%, três ou mais. A UTI foi requerida em 10,0% dos casos e em 11,7% o desfecho foi óbito. Analisando as possíveis associações do desfecho com as variáveis propostas, apesar de não ter constatado associação significativa, observou-se maior percentual de óbitos nos pacientes com até 1 internação (27,8%) em relação aos com 2 ou mais internações (12,9%) (p = 0,157). Também sem significância estatística, observou-se maior percentual de internações com desfecho “óbito” referente aos pacientes: sexo feminino (16,7%; p = 0,164); procedentes de Uberaba (15,1%; p = 0,298); com 25 ou mais horas entre o início da febre e a internação (26,7%; p = 0,403) e com 3 ou mais semanas de internação (17,4%; p = 0,371). Constatou-se percentual significativamente superior nas internações de pacientes: não brancos (20,0%; p = 0,028) e que necessitaram de UTI (41,7%; p = 0,001).

Discussão

Apesar da análise preliminar apontar algumas correlações, a análise estatística não mostrou diferença significativa entre os grupos. Esses resultados podem sugerir que novos estudos com número maior de participantes sejam necessários ou que as possíveis correlações apontadas de fato não ocorram. Contudo, é relevante considerar que uma multiplicidade de fatores podem estar envolvidos no tempo para procurar atendimento médico, desde o vínculo estabelecido durante o tratamento até crenças pessoais, de modo que seria necessária uma análise individual para elucidar os fatores que mais se associam com a demora à assistência.

Conclusão

Considerando a amostra avaliada, não foram encontradas associações do desfecho com as variáveis propostas, entretanto, verificou-se que o número de internações foi maior em pacientes não brancos e que necessitaram de UTI.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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