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Vol. 44. Issue S2.
Pages S470 (October 2022)
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AVALIAÇÃO DE REAGENTES E TÉCNICAS NA DETECÇÃO DE VARIANTES RHCE NA ROTINA SOROLÓGICA
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TAP Vendramea, GF Devidesa, FSA Silvaa, F Latinia, AJP Corteza, CP Arnonia, LM Castilhob
a Associação Beneficente de Coleta de Sangue (COLSAN), São Paulo, SP, Brasil
b Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Introdução

As variantes RhCE são mais frequentes em indivíduos afrodescentes e estão relacionadas principalmente com o alelo RHCE*ce, que codifica antígenos c e e parciais e pode silenciar antígenos de alta freqüência, como os antígenos HrB e HrS, caracterizando um sangue raro, já que estes antígenos estão presentes em quase 100% da população. A identificação das variantes RhCE é realizada exclusivamente por técnicas de biologia molecular, entretanto os achados sorológicos, como a detecção da fraca expressão dos antígenos são importantes para reconhecer um antígeno variante e direcionar a investigação molecular. O objetivo deste trabalho foi investigar amostras de hemácias de doadores e pacientes com alteração fenotípica dos antígenos RhCE.

Metódos

Quinze amostras de hemácias de doadores de sangue e 6 amostras de pacientes que apresentaram alteração na expressão fenotípica dos antígenos RhCE com antissoros monoclonais utilizados na rotina sorológica em tubo, gel e microplaca foram caracterizadas por biologia molecular através das técnicas de PCR-RFLP e sequenciamento Sanger. Os clones utilizados para a fenotipagem dos antígenos RhCE foram:MS-24 e MS8011531019 (Anti-C), MS-33 e MS8011531019 (Anti-c) , MS-260,MS-80,MS-906, MS-80 e MS-258 e MS80115310119 (Anti-E), MS-16, MS-21, MS-63 e MS80115310119 (Anti-e) dos fabricantes BioRad, Lorne, Fresenius, Immucor e Grifols.

Resultados

A variante RHCE*ceJAL associada ao fenótipo c parcial foi encontrada em 2 amostras e reagiu apenas com o antissoro MS-33 (Biorad) enquanto que a mesma variante associada ao fenótipo e parcial foi encontrada em 4 amostras e apresentou diminuição na expressão com todos os antissoros monoclonais e técnicas utilizadas. O alelo RHCE*ceMO que codifica o fenótipo e parcial e c parcial foi encontrado em 2 amostras e ambas com reatividade reduzida nos testes em tubo mas com reatividade normal em gel teste com os clones dos antissoros anti-c e anti-e utilizados. A variante alélica RHCE*cEJU foi encontrada em uma amostra que apresentou fraca expressão do antígeno E com todos os antissoros testados em tubo com exceção do clone MS-80 (Fresenius), que não apresentou reatividade. O alelo RHCE*ceAR associado aos fenótipos c-parcial e e-parcial encontrado em 4 amostras apresentou fraca expressão dos antígenos c parcial e e parcial com os clones MS-33 e MS-21,MS-16,MS63 (Fresenius).O alelo RHCE*ceVS.01 (n=4) associado ao fenótipo e-parcial reagiu fracamente (2+) em 4 amostras apenas nos testes em tubo, enquanto que o mesmo alelo associado ao antígeno c parcial apresentou fraca expressão apenas com o clone MS-33 (BioRad e Fresenius) em uma amostra. O antígeno C parcial detectado em 3 amostras derivado do haplótipo (C)ceS apresentou fraca expressão com os clones MS-24 e MS80115310119 (Fresenius e Lorne respectivamente).

Conclusão

Nossos resultados demonstram a importância do teste em tudo e da utilização de mais que um clone de antissoro monoclonal para detecção de variantes RhCE que apresentam fraca expressão na rotina sorológica e assim direcionar a investigação molecular. Esta prática pode ser útil no reconhecimento de um antígeno RhCE variante e na prevenção da aloimunização Rh em pacientes politransfundidos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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