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Vol. 44. Issue S2.
Pages S540-S541 (October 2022)
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Vol. 44. Issue S2.
Pages S540-S541 (October 2022)
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AVALIAÇÃO DE PROLONGAMENTOS NOS TESTES DE TRIAGEM NO LABORATÓRIO DE HEMOSTASIA
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LA Vieiraa, CA Leiteb, SR Comara
a Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR), Curitiba, PR, Brasil
b Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (HEMEPAR), Curitiba, PR, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Objetivos

O prolongamento do Tempo de Protrombina (TP) e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPA) indicam alterações na hemostasia como deficiências de fatores de coagulação, presença de inibidores inespecíficos, inibidores fator-específico e anticoagulantes. A elucidação desses prolongamentos passa pela realização de testes de mistura, os quais tiram proveito do fato de que amostras com níveis de fatores de 50% da concentração normal podem resultar em TPs e TTPAs normais. Misturar o plasma do paciente 1:1 com plasma que contém 100% de atividade de determinado fator resulta em um nível ≥ 50% desse fator na mistura, promovendo normalização do TP e/ou TTPA; ou seja, o teste de mistura mostra correção. Correção com mistura indica deficiência de fator; a não correção indica a presença de algum inibidor ou interferência, como a presença de drogas anticoagulantes. O objetivo deste trabalho foi compilar as informações a respeito do uso dos testes de mistura no laboratório de hemostasia por meio da elaboração de fluxogramas abrangentes de modo a auxiliar nas tomadas de decisão, priorizando exames adequados e otimizando o tempo para diagnóstico.

Material e métodos

O levantamento foi realizado nas bases de dados: PubMed, Lilacs, BVS, Scielo, Science Direct e Portal da Capes, também foram incluídos materiais disponíveis de forma física em bibliotecas e acervos. Foram utilizados os seguintes termos: “mixing tests”, “activated partial thromboplastin time”, “prothrombin time”, “lupus anticoagulant”, “thrombin time”, “anti-Xa”,”heparin test”, “pool plasma normal”, “fator deficiency”, “clotting assay”, “coagulation cascade”, “hemostasis assays”, “fibrinogen”, “factor II”“factor V”, “factor VII”“factor VIII”, “factor IX”, “factor X”, “factor XI”, “factor XII”, “disseminated intravascular coagulation”“Von Willebrand factor ”.

Resultados

Após análise do material bibliográfico foram elaborados 3 fluxogramas: (i) apenas o TP prolongado, (ii) apenas o TTPA prolongado e (iii) TP e TTPA prolongados, nos quais foram apresentadas as sequências de passos recomendados para elucidar, por meio dos testes de mistura, as várias possibilidades de alterações nos resultados dos testes de triagem de coagulação.

Discussão

A pesquisa de alterações hemostáticas no laboratório clínico deve ser realizada de forma cuidadosa e sistemática. O teste de mistura é um teste simples e barato que pode trazer muitos benefícios clínicos e laboratoriais se realizado e interpretado de maneira correta, uma vez que direciona as investigações, facilitando a escolha dos exames solicitados subsequentemente no intuito de elucidar um diagnóstico. Mesmo sendo um teste relativamente simples, um olhar crítico se faz necessário, por existirem diferentes variáveis que influenciam os resultados, como a gravidade de uma deficiência de fator, a natureza e/ou a força de um inibidor, erros pré-analíticos, tipo de analisador coagulométrico empregado, a escolha e preparo do pool de plasmas normais, a sensibilidade dos reagentes envolvidos e os critérios utilizados para a interpretação das correções.

Conclusão

Os testes de mistura são úteis na investigação de testes de triagem de coagulação prolongados, e cabe ao laboratório estabelecer critérios confiáveis para uma correta interpretação dos resultados.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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