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Vol. 44. Issue S2.
Pages S507-S508 (October 2022)
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AVALIAÇÃO DAS AFÉRESES TERAPÊUTICAS REALIZADAS EM HOSPITAL QUATERNÁRIO, EM PACIENTES COM DOENÇAS NEUROLÓGICAS, DE JANEIRO A JUNHO DE 2022
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DE Fujimoto, RCS Alves, CG Schimidt, CH Godinho
Hemocentro da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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Introdução

Aférese terapêutica é utilizada como terapia e coleta de células tronco/progenitoras, além das plaquetas. As indicações e condutas estão indicadas no Guia de da Associação Americana de Aféreses (ASFA 2019), dentre elas estão doenças neurológicas em diversos níveis de grau de indicação (I – aférese como primeira linha: a polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória aguda e crônica, além da miastenia gravis, II - aférese como segunda linha: encefalomielite disseminada aguda, esclerose multipla e desordens do espectro da neuromielite ótica na fase aguda, III – indicação ótima não estabelecida: desordens do espectro da neuromielite ótica fase crônica, encefalite crônica focal, síndrome complexa de dor regional dentre outras, IV – aférese não efetiva).

Método

Estudo retrospectivo de dados de prontuário dos pacientes com manifestação neurológica que realizaram plasmaférese terapêutica no período de 01 de janeiro a 30 de junho de 2022, com análise do padrão de distribuição das variáveis clínico-epidemiológicas dentro do intervalo de confiança de 95% e possíveis medidas de associação entre estas variáveis e desfechos clínicos.

Resultados

Durante o período foram registrados 102 procedimentos de aférese sendo que 70 (68,6% IC 95%: 58,7 – 74,5) eram neurológicos, destes foram identificados 63 casos. A média de sessões por ciclo de aférese foi 4,5. A idade média dos pacientes foi de 46 anos, sendo 28 (40% - IC 95% 28,5 – 52,4) do sexo feminino e 42 (60% - IC 95% 47,6 – 71,5) do sexo masculino. Destes pacientes 11,43% já tinha feito aférese antes da internação. De acordo com o grau de indicação proposta pela ASFA, 39 pacientes (55,7% IC 95: 43,3 – 67,6) era grau I, 28 (40% IC 95%: 28,5 – 52,4) era grau II e 3 (4,3% IC 95%: 0,9 – 12,0) era grau III. Das doenças mais frequentemente indicadas foram Guillain-Barré 28 (40% IC 95%: 28,7 – 52,4) e Neuromielite Otica 25 (35,7% IC95%: 24,6 – 48,0). O óbito ocorreu em 9 pacientes (12,8% IC 95%: 6,0 – 23,0). Todas as variáveis como sexo, faixa etária, ter realizado ou não aférese terapêutica previamente, grau de indicação da ASFA, ou tipo de doença não apresentou diferença estatística.

Discussão

A aférese terapêutica tem sido utilizada como opção terapêutica para doenças neurológicas, a maioria após a falha de tratamento com pulsoterapia. A exceção fica para polirradiculoneurite desmielinizante inflamatória aguda (Guillain-Barré) onde este procedimento é indicado como primeira linha, utilizando como liquido de reposição a albumina humana diluída em soro fisiológico. A eficácia da plasmaférese terapêutica é diversa na literatura, de acordo com cada tipo de doença. No caso de neuromilite ótica encontramos uma eficácia de 83,3%. Em Guillain-Barré a mortalidade da literatura aponta cerca de 5,5%.

Conclusão

Há necessidade de um estudo prospectivo de longa duração, com protocolo bem definido para que se possa reunir casuística mais representativa e sem perda de dados importantes para avaliação do tratamento destes pacientes, e chegarmos a conclusões mais precisas para que possa nortear melhor a conduta nestes casos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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