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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S480-S481 (October 2023)
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HEMO 2023
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ASSOCIAÇÃO DO POTENCIAL FIBRINOLÍTICO E RISCO DE MORTALIDADE EM PACIENTES COM CÂNCER
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GSS Goisa, SAL Montalvãob, MEA Almeidab, TRA Anhaiaa, BM Martinellib, JBC Carvalheiraa, NA Andreolloa, JC Teixeiraa, JM Annichino-Bizzacchia, AG Câncera
a Departamento de Anestesiologia, Oncologia e Radiologia, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
b Laboratório de Hemostasia, Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemocentro), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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O câncer é um dos principais problema de saúde pública no mundo e está entre as quatro principais causas de morte antes dos 70 anos de idade. Pacientes com câncer enfrentam riscos de eventos tromboembólicos, complicações, progressão tumoral e morte. O sistema fibrinolítico desempenha um papel na fisiologia e patologia da fibrinólise e hemostasia, na degradação de matriz extracelular, migração celular, remodelação de tecidos, cicatrização de feridas, angiogênese e inflamação. Dessa maneira, o sistema fibrinolítico apresenta efeitos cooperativos que facilitam o crescimento de tumores e surgimento de metástases. As triagens para distúrbios fibrinolíticos são difíceis e os testes apresentam pouca padronização, atualmente na área da pesquisa, técnicas fluorimétrico de geração simultânea de trombina e plasmina vem sendo desenvolvidas, entretanto uma técnica “Padrão Ouro” ainda não foi alcançada. Dados prospectivos sobre o sistema fibrinolítico e sua relação com desfechos clínicos em pacientes com câncer são limitados. Este estudo prospectivo tem como objetivo avaliar o potencial fibrinolítico em pacientes com câncer e sua associação com mortalidade utilizando o método fluorimétrico de geração simultânea de trombina e plasmina (STP). O estudo incluiu 323 pacientes com progressão ou diagnóstico recente de câncer, acompanhados por 12 meses, e 148 indivíduos saudáveis. Durante o acompanhamento, 68 pacientes faleceram e 10 perderam seguimento. Em comparação com o grupo de controle, os pacientes com câncer apresentaram alterações nos parâmetros de geração de trombina consistentes com um perfil de hipercoagulabilidade, bem como um aumento nos parâmetros de produção de plasmina. Parâmetros relacionados à amplitude máxima (MA) da trombina (Wald 11,78, HR 1,02, p < 0,001), área sob a curva (AUC) da trombina (Wald 8,0, HR 1,02, p = 0,005) e tempo para velocidade máxima (tVmax) da plasmina (Wald 4,92, HR 1,0, p = 0,027) mostraram associação com risco de mortalidade na análise de cox univariada. Essa associação foi estatisticamente significativa para a amplitude máxima (HR 1.02, p,004) e a área sob a curva da trombina (HR 1.02, p.0,025) após o ajuste para dados demográficos e clínicos. No entanto, essa associação não foi mantida para a plasmina. Em conclusão, este foi o primeiro estudo capaz de demonstrar a avaliação simultânea da geração de trombina e plasmina em pacientes com câncer recém-diagnosticados e não tratados. Observamos um perfil de hipercoagulabilidade em pacientes com câncer associado a maior amplitude e velocidade de produção de plasmina. Além disso, identificamos dois parâmetros com uma associação potencial com o risco de mortalidade: MA (amplitude máxima) e AUC (área sob a curva) para a geração de trombina. No entanto, nenhuma associação entre parâmetros da plasmina e mortalidade foi encontrada.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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