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Vol. 44. Issue S2.
Pages S155-S156 (October 2022)
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Vol. 44. Issue S2.
Pages S155-S156 (October 2022)
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ASSOCIAÇÃO DO POLIMORFISMO NLRP3 C/T RS10754558 COM O AUMENTO DE BLASTOS NA MÉDULA ÓSSEA EM PACIENTES COM LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA
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FSA Hannaa,b, DS Pereirab,c, GL Souzab,c, AB Limaa,b, F Magalhães-Gamab,d, AM Tarragôb,c, A Malheiroa,b,c, AG Costaa,b,c,e
a Programa de Pós-Graduação em Imunologia Básica e Aplicada, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM, Brasil
b Diretoria de Ensino e Pesquisa, Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (HEMOAM), Manaus, AM, Brasil
c Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas a Hematologia, Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Manaus, Brasil
d Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Instituto René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Belo Horizonte, MG, Brasil
e Escola de Enfermagem de Manaus (EEM), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Objetivos

Associar o polimorfismo NLRP3 C/T rs10754558 com a quantidade de blastos identificados ao diagnóstico em pacientes com leucemia linfoblástica aguda (LLA) diagnosticados na Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (HEMOAM).

Material e métodos

Foi realizado um estudo observacional do tipo caso-controle retrospectivo com 158 pacientes com LLA (subtipo B e T) e 192 indivíduos controles. A genotipagem foi realizada através da técnica de Real-time PCR utilizando sondas Taqman alelo-específicas. Foi realizada regressão linear simples e múltipla para investigar a associação entre o polimorfismo em estudo e a quantidade de blastos na medula óssea ao diagnóstico (20-60% e >60%).

Resultados

A maioria dos pacientes pertenceu à faixa etária entre 0 a 10 anos de idade (43%), sendo o gênero masculino (63%) e raça parda (78%) predominantes. Além disso, 73% dos pacientes eram portadores de LLA tipo B, 76% foram realocados no grupo alto risco, 69% recaíram durante o tratamento e 44% evoluíram ao óbito. Nesse estudo, o alelo homozigoto mutado foi associado com 1.81 mais chances de apresentar quantidade maior que 60% de blastos na medula óssea ao diagnóstico (C vs. T [OR: 1.81 IC 95%: 1.03-3.20, p = 0,037]).

Discussão

Diversos fatores secretados pelo estroma e pelo blasto leucêmico contribuem para a manutenção do fenótipo maligno e consequente proliferação celular, dentre eles, a produção da citocina IL-1β pela ativação do inflamassoma NLRP3 (Bucher, 1990). Na literatura, o polimorfismo em estudo é associado com o aumento da expressão de NLRP3 e consequente aumento na produção dessa citocina, sendo isso observado em pacientes com LLA (Zhang et al, 2019) e leucemia mieloide crônica (LMC) (Wang et al, 2017). NLRP3 também está envolvido na migração de células leucêmicas da medula óssea para órgãos extramedulares, contribuindo para a piora do quadro clínico (Ratajcza, 2020). Uma vez que, NLRP3 C/T rs10754558 está diretamente associado com o aumento da atividade de NLRP3/IL-1β, este pode ter um papel importante no aumento de células leucêmicas, como demonstrado nesse estudo.

Conclusão

O polimorfismo NLRP3 C/T rs10754558 foi associado com o aumento de blastos na medula óssea ao diagnóstico de pacientes com leucemia linfoblástica aguda. No entanto, estudos futuros utilizando modelos in vitro são necessários para melhor descrever a influência desse polimorfismo na fisiopatogênese da doença.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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