Journal Information
Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S525 (October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S525 (October 2023)
Full text access
APLICAÇÃO DE UM PROTOCOLO ALTERNATIVO PARA DESERITROCITAÇÃO DE MEDULA OSSEA COM O USO DE HIDROXIETILAMIDO 130/0,4 A 6%
Visits
182
FB Bhera,b, ADC Souzaa,b, G Bodanesea,b, PTR Almeidaa,b
a Instituto Pasquini de Hemoterapia e Hematologia, Curitiba, PR, Brasil
b Grupo Vita, Belo Horizonte, MG, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

More info
Objetivos

Utilizar o Hidroxietilamido (HES) 130/0,4‒6% como metodologia alternativa para deseritrocitação de medula óssea (CPH-MO) na ausência comercial do HES 450/0,7‒6% para obtenção de altas taxas de recuperação celular.

Material e métodos

Realizou-se a deseritrocitação em CPH-MO com incompatibilidade ABO maior, utilizando protocolo validado com HES 130/0,4‒6%. O processamento ocorreu em três etapas em cabine de segurança biológica. Na primeira, o reagente foi adicionado na proporção de 1:8 e o produto fracionado em seis bolsas, que permaneceram em decantação por 180 minutos. Sem resultado visualmente satisfatório, as bolsas foram centrifugadas por 15 minutos, 1500 rpm e 10°C. As hemácias foram lentamente retiradas em sistema fechado com conexão estéril, e o produto contendo buffy coat foi acondicionado em outras duas bolsas. Em seguida, foi executado o procedimento de desplamatização, visando a redução do sobrenadante. Por fim, as bolsas de backup de hemácias também foram retratadas para garantir a melhor recuperação das células. Ao início e final de cada etapa foi realizada a dosagem laboratorial em metodologia de contagem automatizada.

Resultados

O produto inicial apresentou volume de 1.901 mL, 553 mL de hemácias e 5×108 de Células Nucleadas Totais por quilograma do paciente (CNT/Kg). Após todas as etapas realizadas com a CPH-MO e com o back up de hemácias retratado, o produto final totalizou 1.676 mL de volume, 3,8×108 CNT/Kg e 87 mL de hemácias, dividido em quatro bolsas a serem infundidas separadamente. A taxa de recuperação de CNT total foi de 76%.

Discussão

Nos transplantes com incompatibilidade ABO maior é necessária a realização da deseritrocitação, para remoção dos eritrócitos do produto coletado (chegando ao limite de 0,5 mL/kg de peso do receptor), principalmente nos casos em que se sabe que o receptor possui níveis elevados de anticorpos contra antígenos eritrocitários e que, por isso, apresenta grande risco de reações hemolíticas no momento da infusão ou pós transplante. O procedimento relatado neste trabalho ocorreu em dois dias consecutivos o que não se mostrou uma vantagem, uma vez que o tempo pode afetar a viabilidade celular, expondo o paciente ao risco de um transplante malsucedido. O protocolo utilizado foi previamente validado com o uso de bolsas de sangria terapêutica, e havia se mostrado efetivo neste tipo de material biológico. Sendo a Medula Óssea um produto crítico e de uso único, não seria possível seu emprego indiscriminado para quaisquer outras finalidades que não fossem para fins de infusão. Também foi possível observar que o volume total e de eritrócitos ficou relativamente alto. Ademais, não houve uma variação significativa em relação a perda de células durante o processamento, de forma que apesar do tempo do procedimento, houve recuperação celular satisfatória.

Conclusão

O HES 130/0,4‒6% mostrou-se inviável para deseritrocitação de CPH-MO com alto volume, devido ao longo tempo de processamento. Para aperfeiçoar a técnica, sugerimos realizar estudos com produtos de menor volume.

Full text is only aviable in PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Article options
Tools