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Vol. 44. Issue S2.
Pages S377-S378 (October 2022)
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ANÁLISE DOS REGISTROS DA COMUNICAÇÃO DE SINAIS E SINTOMAS DE PROCESSOS INFECCIOSOS DO HEMONÚCLEO REGIONAL DE ARARAQUARA
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M Kitamura, GF Rigolin, FG Cardoso, JH Simonaio, JC Ramos, CM Oliveira, SAP Santoro, V Santos, IL Brunetti
Hemonúcleo Regional de Araraquara, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Araraquara, SP, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Introdução

No item 5, do parágrafo 4, do artigo 76, da Seção III, Da Coleta de Sangue do Doador, da Portaria da Consolidação n°5, consta que os doadores serão instruídos para que comuniquem o serviço de hemoterapia caso apresentem qualquer sinal e sintoma de processos infecciosos, como febre ou diarreia, ou que tenham tido o diagnóstico de alguma doença infectocontagiosa até 7 dias após a doação. Na Nota Técnica n°5/2020-CGSH/DAET/SAES/MS de 21/02/2020, sobre atualização dos critérios técnicos para triagem de dengue, chikungunya, zica e coronavírus, estendeu-se este prazo de 7 para até 14 dias após a doação. Até janeiro de 2022, no Hemonúcleo Regional de Araraquara (HN), o registro da comunicação do doador, do resgate dos hemocomponentes em estoque e da busca ativa dos receptores era realizado na Tela do Doador Positivo da Tela da Triagem do Sistema HEMOVIDA. Com a elevação dos registros da comunicação no início de janeiro 2022 foi necessário criar o Formulário de Rastreabilidade de Sinais e Sintomas de Infecção após Doação. Os comunicados eram recebidos pelas funcionárias da Recepção via telefone ou WhatsApp, e se necessário, as enfermeiras ou os médicos contatavam os doadores para tirar dúvidas sobre o início dos sinais e sintomas ou confirmar resultados de exames.

Objetivos

Analisar os registros dos comunicados de sinais e sintomas de processos infecciosos, dos resgastes dos hemocomponentes e da busca ativa dos receptores nas Agências Transfusionais (AT) de 24/01 a 04/07/2022.

Material e métodos

Para obter os dados utilizamos a Tela do Serviço Social do Sistema Hemovida e os Formulários de Rastreabilidade de Sinais e Sintomas de Infecção após Doação dos períodos de 24/01 a 04 /07/2022.

Resultados

No período de 24/01 a 04/07/2022, do total de 3130 doadores, 38 (1,2%) entraram em contato com o HN para informar sinais e sintomas de processos infecciosos. Destes, 52,5% eram relacionados à COVID, 39,5% aos sinais e sintomas de infecção como febre, cefaleia, mialgia e dor de garganta e 8% à dengue. Estes doadores comunicaram o HN, em média, 7 dias após a data da doação de sangue. Destes, 2 contatos assintomáticos de casos de COVID estavam negativos para a doença e os hemocomponentes retornaram para o estoque.

Discussão

Neste período expurgamos 19 (57,6%) concentrados de hemácias (CH), 10 (34,5%) concentrados de plaquetas (CP) e 32 plasmas frescos congelados (PFC) que estavam no estoque do HN. Dos CH, 14 foram distribuídos para as AT e destes, 7 foram (21,2%) devolvidos para expurgo e 7 (21,2%) foram transfundidos. Dos CP, 19 foram distribuídos e destes, 10 (34,5%) devolvidos para o HN e 9 (31%) transfundidos. Na busca ativa dos 16 receptores das AT, apenas 1 apresentou reação adversa febril após transfusão de CP. No total, expurgamos 78 hemocomponentes (83%) e transfundimos 16 (17%).

Conclusão

Com as análises do estudo, observamos a importância do doador nos comunicar estes sinais e sintomas de infecção o mais rápido possível para que na busca ativa evitemos a transfusão dos hemocomponentes e possamos acompanhar os receptores envolvidos. Observamos também que alguns doadores levaram até 7 dias após o aparecimento da febre para comunicar o HN, esperando, talvez, diagnóstico definitivo de doença infectocontagiosa. Para que isto não ocorra, começamos a reforçar nas informações pós doação, a importância de os doadores contatarem o serviço logo no início dos sinais e sintomas do processo infeccioso, principalmente a ocorrência de febre.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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