Journal Information
Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S939 (October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S939 (October 2023)
Full text access
ANÁLISE DOS PRINCIPAIS FATORES DE INAPTIDÃO CLÍNICA À DOAÇÃO DE SANGUE NO CENTRO DE HEMOTERAPIA DE SERGIPE
Visits
187
MFB Mouraa, LPOL Silvaa, JGS Jesusa, JGP Santanaa, VA Nascimentoa, JMS Oliveiraa, MS Limaa, MDS Silvab, LAH Marinhob, MAF Portoa,b
a Universidade Federal de Sergipe (UFS), Aracaju, SE, Brasil
b Centro de Hemoterapia de Sergipe (HEMOSE), Aracaju, SE, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

More info
Objetivo

Analisar os principais motivos de inaptidão clínica à doação de sangue em um serviço de hemoterapia, visando uma conscientização da população em como doar sangue.

Metodologia

Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo, com tratamento quantitativo para avaliar os principais motivos de inaptidão clínica à doação de sangue em um serviço de hemoterapia, compreendendo o período de 2018 a 2022. Realizou-se a coleta de dados através de relatórios construídos pelo serviço de informação do Centro de Hemoterapia de Sergipe (HEMOSE).

Resultados

Entre 2018 a 2022, no HEMOSE, aproximadamente 163 mil pessoas foram candidatas a doar sangue, sendo que uma média 22,3% foram consideradas inaptas à doação na triagem clínica, (23,1% em 2018, 22,9% em 2019, 22,3% em 2020, 21,4% em 2021 e 21,9% em 2022) mostrando valores constantes nestes últimos cinco anos. As principais causas foram os valores baixos de hematócrito e hemoglobina (15,59%), hipertensão arterial não controlada, (7,17%), hematócrito elevado (4,2%), realização de tatuagens, piercings, perfuração para brincos e acupuntura no último ano (4,0%), taquicardia (4,0%), quadro infeccioso recente (3,8%), comportamento sexual de risco (3,5%), uso crônico de medicamentos (3,21%). Outras causas relevantes foram a aplicação recente de vacinas (2,55%), peso menor que 50kg (0,38%), diabetes (0,37%) e outras doenças de inaptidão definitiva (10,7%).

Discussão

No Brasil, 1,4% da população é doadora – valor dentro da faixa recomendada pela OMS, que é entre 1 e 3%. Apesar disso, a disponibilidade de hemoderivados não é uniforme, nem constante. Assim, o Ministério da Saúde objetiva aumentar o número de doadores. Cerca de um quarto dos possíveis doadores em Sergipe não podem doar sangue devido à inaptidão, temporária ou não, na triagem clínica, que tem como objetivo proteger tanto o doador quanto os receptores. É visto que as pessoas, quando são consideradas inaptas, mesmo que temporariamente, se desmotivam a insistir na possibilidade de doar sangue. Esse fator dificulta o aumento no número de doadores, sendo que, com maior divulgação e conscientização da população sobre a própria saúde, diversas inadequações poderiam ser revertidas precocemente e a coleta executada, como nas anemias e na hipertensão não controlada, que foram os maiores motivos de inaptidão clínica. Orientar sobre as inaptidões é um desafio compartilhado por todos os profissionais de saúde, pois é reconhecida a necessidade de maior divulgação, e tratamento adequado das mesmas, para o melhor direcionamento da população.

Conclusão

O estudo ressalta a necessidade de educação e conscientização contínuas dos doadores e profissionais de saúde sobre os critérios de doação, suas inaptidões e o tratamento das mesmas. Dessa forma, o estudo contribui para uma maior direção no aprimoramento da saúde pública e também da qualidade do recrutamento de doadores.

Full text is only aviable in PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Article options
Tools