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Vol. 44. Issue S2.
Pages S415-S416 (October 2022)
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Vol. 44. Issue S2.
Pages S415-S416 (October 2022)
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ANÁLISE DO PERFIL DAS REAÇÕES TRANSFUSIONAIS EM PACIENTES ATENDIDOS EM HOSPITAL PRIVADO NO ESTADO DE SÃO PAULO
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MP Carlin, MGG Godoi, ISL Moriconi, ICG Branco, CHR Kruzich, CADA Kruzich, CA Joussef
Hospital Unimed Piracicaba, Piracicaba, SP, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Objetivos

Caracterizar o perfil das reações transfusionais notificadas em hospital privado no município de Piracicaba/SP, no período de janeiro de 2015 à dezembro de 2021.

Material e métodos

Estudo observacional, retrospectivo e descritivo, a partir da análise estatística de informações coletadas em ficha de notificação de incidentes transfusionais. Os dados foram planilhados em programa Microsoft Office Excel 2016 para análise das frequências. As variáveis analisadas foram: tipo de reação, gravidade, hemocomponente, sexo, idade e tipagem sanguínea do receptor.

Resultados

No período avaliado foram realizadas 19.614 transfusões e notificado 53 reações transfusionais (0,27%), sendo 26 (49%) febril não hemolítica (RFNH), 25 (47%) alérgica (ALG) e 02 (4%) sobrecarga circulatória associada à transfusão (SC/TACO). Todas as reações foram classificadas como grau 1 – leve e sem risco à vida. Os hemocomponentes envolvidos nas reações foram o concentrado de hemácias 40 (75%), concentrado de plaquetas 11 (21%) e plasma fresco congelado 2 (4%). A ocorrência dos incidentes transfusionais no sexo feminino e masculino foram de 30 (57%) e 23 (43%), respectivamente. Com relação a idade, a faixa etária predominante foi de 61 a 80 anos com 19 (36%), seguida pela de 41-60 anos com 16 (30%), 21 a 40 com 9 (17%), acima de 80 anos 7 (13%) e 02 (4%) abaixo de 20 anos. Os tipos sanguíneos mais frequentes dos receptores foram O+ 29 (55%), A+ 10 (19%), AB+ 7 (13%), B+ 4 (7%), B negativo 02 (4%) e A negativo 01 (2%).

Discussão

O perfil da reação transfusional mais prevalente notificada durante o período analisado foi a reação imediata febril não hemolítica. Nossos achados corroboram com a literatura especializada. Estudos sugerem que a RFNH é muito comum em nosso país, porque na prática não é considerado a leucorredução como rotina universal, ao contrário dos países desenvolvidos, como na América do Norte e Europa. O concentrado de hemácias prevaleceu como o hemocomponente mais associado aos eventos adversos, supostamente por sua ampla utilização. O estudo demonstrou que as reações ocorreram com pequena predominância no sexo feminino, similar a dados publicados pela ANVISA. A média de idade foi de 59 anos.

Conclusão

O conhecimento do perfil de reações transfusionais é fundamental para elaborar protocolos internos com objetivo de orientar e atualizar os profissionais envolvidos com a terapia transfusional. O domínio do aprendizado possibilita prevenir, suspeitar e identificar evento adverso e, de acordo com as atribuições da profissão, capacitados para instituir medidas imediatas que minimizem o agravo ao paciente e/ou previnam futuras reações semelhantes e subnotificações.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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