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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S946-S947 (October 2023)
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HEMO 2023
Pages S946-S947 (October 2023)
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A UTILIZAÇÃO DE LORATADINA PARA CONTROLE DA DOR INDUZIDA PELO USO DE G-CSF
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CASA Dalvaa, JVA Duartea, ABTMD Santosa, VBG Praxedesa, PRB Menezesa, ALS Oliveiraa, IR Cavalcantea, ALA Cunhaa, NMP Limaa, FB Duarteb
a Faculdade CHRISTUS, Fortaleza, CE, Brasil
b Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Introdução e objetivos

O fator estimulador de colônias granulocitárias (G-CSF) é um agente utilizado na profilaxia primária ou secundária da neutropenia febril em pacientes em uso de quimioterapia citotóxica, conforme as diretrizes do National Comprehensive Cancer Network (NCCN). Dor óssea pode ser uma consequência No entanto, sugere-se que há relação com a liberação de histamina pela resposta inflamatória, que causaria desconforto associado ao edema da medula óssea. Tal hipótese contribui para o uso de bloqueadores do receptor de histamina, como a loratadina, nesse contexto clínico. O objetivo desta revisão sistemática é discutir o impacto do uso de um anti-histamínico no manejo da dor óssea, que é um efeito adverso comum associado ao G-CSF.

Materiais e métodos

Trata-se de uma revisão de literatura realizada por meio da base de dados PubMed/Medline, utilizando os descritores ‘’G-CSF”, “Loratadine’’,“Pain” and “Antihistamine”. Utilizando como filtro de dados os artigos publicados entre 2013 e 2023. Foram encontrados 139, sendo selecionados 7 por atenderem aos critérios de interesse.

Resultados

De acordo com o estudo realizado por Kirshner et al, a dor óssea induzida pelo uso de G-CSF foi menor em pacientes que utilizaram naproxeno ou loratadina profilaticamente quando comparado aos que não fizeram uso de nenhuma profilaxia. Ademais, aqueles do grupo loratadina apresentaram menos efeitos colaterais do que os que eram do grupo naproxeno. Gavioli et al., por sua vez, encontrou taxas mais baixas de dor óssea em pacientes em profilaxia com bloqueio duplo de histamina com famotidina e loratadina. Duggan et al, também associou redução da dor óssea induzida por G-CSF ao início do uso de loratadina nos últimos ciclos quimioterápicos. O estudo de Moukharskaya et al., todavia, apontou que a administração de loratadina profilática em dose padrão não diminuiu a incidência de dor óssea intensa, de forma que apenas pacientes em uso de quimioterapia a base de taxano se beneficiariam da medicação.

Discussão

A dor óssea induzida por G-CSF é um efeito adverso bem relatado na literatura. Tal sintoma, além de prejudicar a qualidade de vida do paciente, pode resultar em descontinuidade do tratamento, o que afeta negativamente os resultados, diminuindo a sobrevida e aumentando a recorrência do câncer, de acordo com Kirshner et al. Diante disso, a adoção de medidas terapêuticas alternativas, que promovam o bem-estar do paciente é fundamental. O uso da loratadina desponta como um método promissor, visto que, apesar de ainda não estar totalmente elucidado o mecanismo da dor, esse anti-histamínico parece atuar na resposta inflamatória mediada por histamina provocada pelo G-CSF. Contudo, embora muitos estudos sugiram a eficiência da medicação, seu uso ainda é controverso, isso porque as atuais evidências, além de utilizarem metodologias distintas, apresentam populações reduzidas, dificultando as possíveis conclusões.

Conclusão

O conceito de uso de anti-histamínicos como profilaxia é relativamente novo. Os estudos disponíveis não descartam ou comprovam a eficácia do uso da loratadina para controle da dor óssea induzida por G-CSF, sendo necessária a realização de novas pesquisas para efetivar o uso promissor da medicação com esse fim.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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