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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S43 (October 2023)
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A EFICÁCIA DA LIDOCAINA NO MANEJO DA DOR DA NECROSE AVASCULAR NOS PACIENTES COM DOENÇA FALCIFORME: RELATO DE CASOS
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AMM Queiroz, EMMS Carvalho
Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Introdução

O presente estudo utilizará um path de lidocaína numa tentativa de melhora da dor, colocado na articulação coxo femural acometida pela necrose asséptica (NAV)na doença falciforme.

Relato de casos

Caso 1: Homem de 19 anos, SC, com histórico de várias internações por crise álgica, uma por STA em 2015 e apresentando perda auditiva em 2016, iniciou o uso de hidroxiureia indicando melhora nas crises de dor. Em 2016 relatou claudicação em membro inferior com episódios de dor, aonde foi constatada a NAV no fêmur direito com uma artrite séptica no joelho direito, que foi tratada cirurgicamente com drenagem. Apresentou um episódio de STA em 2017, 2018 e 2019, apesar do uso da hidroxiureia. Em 2020 relata piora da dor em articulação coxo-femural do lado direito, principalmente nos dias em que precisa andar muito, havendo a necessidade de aumentar a dose e a frequência do uso de codeína de 60 mg de seis em 6 horas, e diclofenaco 50 mg de oito em 8 horas, foi proposto o uso do adesivo de lidocaína. Caso 2: Mulher de 19 anos, SC, com histórico de uma internação por crise álgica e STA uma vez por ano, em abril de 2019 iniciou queixa de lombocialtagia e dor no quadril esquerdo, foi avaliada pela ortopedia que constatou uma NAV na cabeça do fêmur neste lado. Relatou o uso diário de codeína e dipirona com pouca melhora dificuldade deambular devido à dor na articulação coxofemoral esquerda, com aumento do uso de tramadol chegando a 100 mg de 6 em 6 horas e 2 comprimidos. Foi proposto o uso do adesivo de lidocaína. Caso 3: Paciente de 64 anos com marcha claudicante foi avaliado pela fisiatria, que constatou a NAV em cabeça do fêmur do lado esquerdo, portanto foi proposto o início da hidroxiureia., suspendendo o uso de anti-inflamatório não hormonal, devido a proteinuria, com comprometimento da marcha, obrigando-o a usar muletas. Com aumento significativo do uso de codeína, chegando a 60 mg de 6 em 6 horas e dipirona 1 gr. de 4 em 4 horas, foi proposto o uso do adesivo de lidocaína. Em cinco de março de 2020 o paciente foi submetido à cirurgia da NAV.

Metodologia

Foram selecionados três pacientes com Doença Falciforme (DF) que frequentam o ambulatório do Hemorio, com necrose asséptica da cabeça do fêmur com comprovação radiológica e com muita dor e limitação do movimento desta articulação: duas mulheres, sendo uma com 19 anos, e um homem com 64 anos. Foram entregues aos pacientes uma caixa do path de lidocaína e um formulário no qual os pacientes deveriam sinalizar o uso da analgesia oral durante as 12 horas de uso do adesivo, além de escalas analógicas (EAD) para indicar a intensidade da dor durante este período. A análise estatística foi feita em relação à qualidade da dor analisada pelo número descrito nas EAD e o somatório dos analgésicos utilizados durante as 12 horas do uso do path. Os pacientes utilizaram o path de lidocaína durante 12 horas do dia, no período de 10 dias. No momento da colocação do adesivo a dor estava sempre forte, com EADS-10 refletindo na dificuldade de deambular e de realizar as suas tarefas diárias, entretanto 4 horas após o uso do path a dor melhorou em quase 70% nos pacientes descritos, chegando à dor de zero a três depois de 8 horas do uso. Houve uma redução da quantidade de analgésicos em todos os pacientes do estudo, chegando a alguns casos a somente 1 comprimido de dipirona por dia.

Conclusão

O adesivo de lidocaína demonstrou uma boa potência analgésica, diminuindo a quantidade de ingestão de analgésicos orais, e com a diminuição da dor houve melhora da limitação do movimento da articulação envolvida.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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