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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 2384
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SEQUESTRO ESPLÊNICO EM PACIENTE ADOLESCENTE COM ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA: RELATO DE CASO
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RMA Rodrigues, JJV Junior, KG Frigotto, ICR Diogo, EB Riscarolli, LN Veloso, BPd Santos, MCd Magalhães, VRGdA Valviesse
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A esferocitose hereditária (EH) é uma anemia hemolítica hereditária causada por alterações em proteínas de membrana eritrocitária. Embora seja de evolução crônica, complicações agudas, como o sequestro esplênico, podem ocorrer e representam emergências hematológicas potencialmente fatais. A indicação de intervenção cirúrgica como a esplenectomia se torna frequentemente necessária para o controle definitivo da doença e prevenção de novos episódios graves.

Descrição do caso

Adolescente do sexo feminino, 17 anos, diagnosticada com EH aos 5 anos, foi internada com sepse pulmonar e evoluiu com sequestro esplênico associado à piora do quadro anêmico, com anemia muito grave e necessidade transfusional de quatro concentrados de hemácias no total. Exame de imagem abdominal evidenciou esplenomegalia de 19 cm (aumento de mais de 60% do volume anterior). Evoluiu com melhora clínica após antibioticoterapia e suporte transfusional. Posteriormente, teve infecção pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e evoluiu com progressão rápida da esplenomegalia, sendo indicada esplenectomia. Após o procedimento cirúrgico, paciente evoluiu com boa resposta clínica e laboratorial, no momento sem sinais de hemólise e sem anemia nos exames laboratoriais.

Conclusão

Este caso ilustra os desafios do sequestro esplênico, complicação classicamente associada à anemia falciforme mas que também pode ocorrer em outras anemias hemolíticas extravasculares, como a EH. Sua fisiopatologia envolve a retenção mecânica de esferócitos nos cordões esplênicos. A esplenectomia foi eficaz na estabilização clínica da paciente, configurando-se como medida definitiva para o controle da hemólise e prevenção de novas crises de sequestro.

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Referências:

  • 1.

    BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas: Esferocitose Hereditária. Brasília: Ministério da Saúde, 2023.

  • 2.

    Brousseau DC, et al. Acute splenic sequestration in hereditary spherocytosis. Journal of Pediatric Hematology/Oncology. 2022;44(3):e123-e127.

  • 3.

    Gallagher PG. Hereditary spherocytosis: Clinical features and diagnosis. In: UPTODATE, 2024.

  • 4.

    Iolascon A, et al. Recommendations for splenectomy in hereditary hemolytic anemias. Haematologica. 2021;106(8):2304-11.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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