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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 163
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REVISÃO SISTEMÁTICA SOBRE LEUCEMIAS AGUDAS: ASPECTOS CLÍNICOS E TERAPÊUTICOS
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LP Marchelli, ELAC da Rocha, WdJ Andrade, ME Paschoaletti, EMFT da Silva, MdM Picolo
Universidade Nove de Julho (UNINOVE), São Paulo, SP, Brasil
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

As leucemias agudas representam um grupo heterogêneo de doenças hematológicas malignas caracterizadas pela proliferação descontrolada de células precursoras mieloides ou linfoides, com acúmulo de blastos na medula óssea e sangue periférico. Classificadas em leucemia mieloide aguda (LMA) e leucemia linfoide aguda (LLA), essas neoplasias exigem abordagem imediata devido ao seu curso clínico agressivo. A LMA é mais prevalente em adultos, enquanto a LLA predomina em crianças, apresentando diferentes perfis genéticos e respostas ao tratamento. Avanços recentes na caracterização molecular e no desenvolvimento de terapias-alvo têm modificado significativamente o prognóstico dessas doenças.

Objetivos

Esta revisão sistemática teve como objetivo consolidar dados sobre epidemiologia, diagnóstico, estratégias terapêuticas e desfechos clínicos das leucemias agudas.

Material e métodos

Para a elaboração deste estudo, foi realizada busca nas bases de dados PubMed, SciELO e Cochrane Library, utilizando os descritores "acute leukemia", "AML", "ALL", "treatment" e "prognosis". Foram incluídos artigos publicados entre 2018 e 2023, priorizando ensaios clínicos randomizados, meta-análises e diretrizes consolidadas. Os critérios de exclusão envolveram estudos com amostras menores que 50 pacientes ou sem análise estatística robusta. Os dados foram extraídos e sintetizados para apresentar uma visão atualizada sobre o tema.

Discussão e conclusão

Os resultados demonstram que a LMA apresenta incidência anual de 3-5 casos por 100.000 habitantes, com pico de ocorrência após os 60 anos. Alterações genéticas como mutações no FLT3, NPM1 e CEBPA influenciam no prognóstico e na escolha terapêutica. O tratamento convencional baseia-se em quimioterapia intensiva com citarabina e antraciclinas, enquanto inibidores de FLT3 (midostaurina) e terapia com venetoclax têm melhorado os desfechos em subgrupos específicos. Já a LLA, mais comum em crianças, possui taxa de cura superior a 90% em protocolos pediátricos, porém o prognóstico em adultos permanece desafiador, com sobrevida global de 40- 50%. Terapias inovadoras, como inibidores de tirosina quinase (imatinibe) para LLA Ph+ e imunoterapias (blinatumomabe e CAR-T cells), têm revolucionado o manejo da doença. Em conclusão, as leucemias agudas demandam abordagem multidisciplinar e personalizada, considerando características moleculares e imunofenotípicas. A incorporação de novas terapias-alto e imunoterapias tem impactado positivamente a sobrevida, especialmente em pacientes com doença refratária. No entanto, desafios persistem, como a resistência terapêutica e a toxicidade associada a tratamentos intensivos. Estudos prospectivos são necessários para validar biomarcadores preditivos e otimizar estratégias terapêuticas, visando melhorar os desfechos nessa população de alto risco.

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Referência:

Döhner H, Wei AH, Appelbaum FR, Craddock C, DiNardo CD, Dombret H, et al. Diagnosis and management of AML in adults: 2022 recommendations from an international expert panel on behalf of the ELN. Blood. 2022;140(12):1345-77. doi: 10.1182/blood.2022016867.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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