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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 1890
Acesso de texto completo
REGULAÇÃO EPIGENÉTICA E RESPOSTA ANTIOXIDANTE COMO CHAVES DA RESISTÊNCIA AO ÁCIDO GÁLICO EM KG-1
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RC Gonçalvesa, ASS Duarteb, AB Zangirolamib, KPV Ferrob, NG Âmorb, FS Niemannb, STO Saadb, MC Alvareza
a Universidade São Francisco (USF), Bragança Paulista, SP, Brasil
b Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Sangue (INCT do Sangue), Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemocentro), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

O ácido gálico (AG) é um polifenol presente em frutas, chás e outras plantas, com potencial antitumoral e antioxidante demonstrado em diversos tipos de câncer. Apesar desses efeitos promissores, a resposta celular ao AG pode variar conforme as características moleculares de cada linhagem celular.

Objetivos

Investigar o impacto do AG sobre morte celular, estresse oxidativo, ciclo celular, e autofagia nas linhagens de leucemia mieloide aguda (LMA) KG-1 e U937.

Material e métodos

As linhagens KG-1 e U937 foram tratadas com AG a 75 µM por 24 e 48 horas. Ensaios por citometria de fluxo foram utilizados para avaliar Apoptose (Anexina V/PI), Espécies reativas de oxigênio (EROs) (2′,7′-dichlorodihydrofluorescein diacetate (DCFH-DA)), Ciclo celular (Iodeto de propideo (PI)), Autofagia (Cyto-ID green) e a proliferação celular foi monitorada de 6 a 48 horas (Carboxyfluorescein succinimidyl ester (CFSE)).A expressão de proteínas e genes envolvidos nas vias de apoptose, estresse oxidativo, ciclo celular e modificações epigenéticas foram avaliadas por Western blot e RT-qPCR, respectivamente.

Resultados

• U937: O AG induziu apoptose acentuada (7,44% → 45,82%), aumento de ROS (∼20%), bloqueio parcial em G2/M e redução da proliferação em 48 h (33,15 → 25,62). Observou-se aumento de autofagia basal (9,55 → 14,1). O tratamento induziu aumento das proteínas BAX e BIM, diminuição de NRF2 e de HDAC2. Houve aumento da expressão gênica de CCND1 e CDK4, possivelmente como resposta compensatória ao bloqueio proliferativo e à indução de morte celular. • KG-1: O AG não alterou significativamente a apoptose, promoveu diminuição de EROs, manteve a proliferação estável e não induziu autofagia. O tratamento com AG aumentou a expressão ao nível de proteína de NRF2, DNMT1, DNMT3 e HDAC2, e não alterou a expressão genica de CCND1 e CDK4, sugerindo que a ativação epigenética repressiva contribui para a resistência funcional ao AG.

Discussão e conclusão

O AG apresentou ação pró-apoptótica e moduladora epigenética diferencial nas linhagens de LMA estudadas. Em U937, a combinação de aumento de EROs, alteração de ciclo celular e redução de proteínas envolvidas nas modificações epigenéticas esteve associada à citotoxicidade. Em KG-1, o aumento de NRF2, DNMTs e HDAC2, sem modulação de CCND1/CDK4, sustenta a hipótese de que a ativação antioxidante associada a repressão epigenética contribui para a manutenção da viabilidade celular e resistência ao AG.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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