HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
Mais dadosO Hemocentro Regional de Uberaba é referência em coleta e distribuição de hemocomponentes no Triângulo Mineiro Sul, recebendo milhares de doações anuais. As reações adversas à doação de sangue constituem causa de desconforto ao doador e podem comprometer sua fidelização. Estudos epidemiológicos são fundamentais para identificar fatores de risco e adotar medidas preventivas que favoreçam a fidelização do público.
ObjetivosIdentificar a prevalência dos diferentes tipos de reações adversas à doação de sangue ocorridas no Hemocentro Regional de Uberaba, correlacionando-a com o perfil demográfico dos doadores.
Material e métodosTrata-se de uma pesquisa documental retrospectiva e quantitativa, com análise de dados dos doadores entre 01/06/2018 à 31/12/2023. Foram avaliados sexo, idade, peso e número de doações total de cada pessoa. As reações adversas foram classificadas conforme o Manual para o Sistema Nacional de Hemovigilância no Brasil (2022), quanto ao tipo (local ou sistêmica) e à gravidade (graus 1 a 5). As reações avaliadas incluíram hematomas, sangramento, dor local e reações vasovagais com ou sem perda de consciência. A análise foi realizada com Excel, Google Planilhas e o ChatGPT-4.
ResultadosForam analisadas 2.240 doações com reações adversas. A maioria dos casos ocorreu em mulheres (58,88%), com faixa etária predominante entre 20 e 30 anos e idade média de 28,7 anos. O peso médio foi de 72,55 kg. Cerca de 71,25% dos eventos ocorreram com pessoas que haviam doado previamente no máximo duas vezes. Reações sistêmicas, principalmente vasovagais sem perda de consciência (82%), foram mais frequentes. Hematomas foram a principal reação local (7,5% dos casos). Houve, ainda, reações mistas em 1,5% dos eventos.
Discussão e conclusãoAs reações adversas foram mais comuns em mulheres jovens e doadoras nas doações iniciais, com predomínio de eventos vasovagais leves. A evidência de um perfil demográfico mais suscetível às reações adversas, reforça a relevância de estudos epidemiológicos e auxilia na implementação de estratégias preventivas, como forma de promover a fidelização e captação de doadores provenientes desse grupo.




