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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 2515
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OS BENEFÍCIOS DA ERITROCITAFÉRESE NO TRATAMENTO DA ANEMIA FALCIFORME: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UM AMBULATÓRIO DE HEMATOLOGIA
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AKS Lucasa, MF Nobrea, GC Leitea, F Miyajimab, NCMD Castroa, JS Alvesa, LEM Carvalhoa, MGDB Fernandesa, FLN Benevidesa, GMTS de Almeidaa
a HEMOCE, Fortaleza, CE, Brasil
b FIOCRUZ, Fortaleza, CE, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A doença falciforme (DF) é uma doença genética e hereditária caracterizada por uma mutação no gene que produz a hemoglobina (HbA), fazendo surgir uma hemoglobina mutante denominada S (HbS). É a doença genética e hereditária mais predominante no Brasil e no mundo. Entre as intervenções terapêuticas, a eritrocitaférese destaca-se como uma técnica eficaz para a substituição de glóbulos vermelhos falciformes por normais, reduzindo assim a incidência de complicações graves da doença. Este procedimento tem mostrado benefícios significativos na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

Descrição do caso

Este trabalho tem como objetivo descrever a experiência e identificar os benefícios da eritrocitaférese no tratamento da anemia falciforme, buscando analisar os impactos desta técnica e namelhoria da qualidade de vida dos pacientes. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e reflexivo, desenvolvido a partir de um relato de experiência profissional de uma enfermeira durante dois anos, desde a implantação de transfusão de troca automatizada em um centro de hematologia e hemoterapia do estado do Ceará. Os procedimentos acontecem desde agosto de 2023 no referido centro, sendo referência nacional no procedimento de troca automatizada. E ocorrem com sucesso, alcançando o objetivo final. A enfermagem possui papel importante, pois atua diretamente nesse processo, sendo ela quem conecta o paciente a uma máquina separadora através de uma técnica que permite a troca de hemácias e será utilizada para pacientes portadores de DF. O mesmo é monitorizado e as alterações hemodinâmicas e ou sinais e sintomas apresentados pelo paciente são imediatamente avaliadas pelo enfermeiro e o hematologista que acompanham o procedimento. Desde a implantação do procedimento foi observado o aumento no intervalo entre sessões, o que favorece a adesão ao tratamento. O número e a frequência de sessões, bem como a decisão de se interromper ou prolongar o tratamento, será decorrente de uma decisão conjunta da equipe de hematologia. Atualmente onze pacientes passam por esse procedimento e o intervalo entre as sessões variou de 4 a 7 semanas, a adesão ao tratamento está sendo de 100%. Houve uma diminuição considerável de internações por complicações após o início da eritrocitaférese, e hoje a técnica é a mais indicada como tratamento preventivo para complicações da enfermidade.

Conclusão

Tudo indica que essa abordagem melhora a qualidade de vida dos pacientes com anemia falciforme. O procedimento é eficaz no que se propõe, com potencial de redução de crises e complicações. A disponibilização da eritrocitaferese é um grande avanço para o tratamento desses pacientes. Pois proporcionará um tratamento mais efetivo. Estudos com maior número de pacientes, ainda são necessárias para avaliação de um maior quantitativo de procedimentos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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