HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
Mais dadosA transfusão de hemocomponentes, embora amplamente utilizada, envolve riscos que exigem estrita observância aos protocolos de segurança. Profissionais de enfermagem desempenham papel central nesse processo, sendo responsáveis por etapas críticas, como identificação do receptor, preparo do ambiente e monitoramento de reações adversas. Estudos sobre segurança transfusional na rede privada de Niterói são escassos, o que reforça a relevância desta investigação para subsidiar práticas mais seguras e qualificadas.
ObjetivosAnalisar o grau de conhecimento da equipe de enfermagem sobre práticas seguras em transfusão sanguínea em uma unidade hospitalar privada de Niterói-RJ.
Material e métodosEstudo quantitativo, descritivo e transversal, realizado entre abril e junho de 2025, com 40 profissionais de enfermagem dos setores de internação e emergência. A coleta ocorreu por meio de questionário estruturado com questões sobre identificação do receptor, instalação de hemocomponentes, condutas frente a reações transfusionais e cumprimento de protocolos institucionais. Os dados foram analisados em frequência e percentual.
ResultadosDos participantes, 70,8% eram técnicos de enfermagem e 29,2% enfermeiros. A maioria (89,6%) reconheceu a importância da conferência dos dados do paciente antes da transfusão, porém apenas 62,5% identificaram corretamente todas as etapas exigidas pelo protocolo vigente. Embora 43% tenham vivenciado reações transfusionais, somente 54,1% descreveram adequadamente as condutas a serem adotadas. Além disso, 30% relataram não ter participado de capacitações sobre transfusão nos últimos 12 meses.
DiscussãoOs achados revelam lacunas importantes no conhecimento da equipe, especialmente quanto ao manejo de intercorrências e ao cumprimento integral de protocolos. A ausência de treinamentos regulares e de simulações práticas pode contribuir para a insegurança na prática transfusional. A originalidade do estudo está em evidenciar essas deficiências em um contexto ainda pouco explorado a rede privada de Niterói oferecendo subsídios para melhoria da segurança do paciente.
ConclusãoConstata-se a necessidade de fortalecer as ações de educação permanente em hemoterapia, por meio de treinamentos periódicos, simulações realísticas e atualizações técnicas. A implementação dessas medidas pode reduzir riscos, aprimorar a assistência e contribuir para um serviço transfusional mais seguro e alinhado às melhores práticas.




