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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 2128
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MONITORAMENTO DA DEfiCIÊNCIA DE FERRO EM DOADORES DE SANGUE: UMA ANÁLISE INSTITUCIONAL NO HEMOCENTRO DE SERGIPE
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WS Teles, AP Barreto Prata Silva, FK Fraga Oliveira, CM de Souza Neto, MN Andrade, JM de Menezes, RdO Fontes Farrapeira, D Abilio, RD Lopes Santos Santos, FE Celestino do Carmo
Centro de Hemoterapia de Sergipe (HEMOSE), Aracaju, SE, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

O ferro desempenha um papel essencial nos processos fisiológicos do organismo humano, estando diretamente envolvido na eritropoese, no transporte de oxigênio, na síntese de DNA e na atividade enzimática intracelular. No contexto hemoterápico, a deficiência de ferro em doadores de sangue representa um desafio crítico, pois compromete a saúde do voluntário e a segurança transfusional. O reconhecimento precoce dessa condição é indispensável para prevenir a depleção das reservas de ferro, principalmente em doadores habituais, evitando a progressão para quadros de anemia ferropênica.

Objetivos

Analisar a prevalência e o perfil epidemiológico da deficiência de ferro em candidatos à doação de sangue atendidos no Hemocentro Coordenador do Estado de Sergipe (HEMOSE), no ano de 2024.

Material e métodos

Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e descritivo, baseado na análise dos registros laboratoriais da triagem hematológica dos candidatos à doação de sangue, compreendendo o período de janeiro a dezembro de 2024. Os dados foram obtidos da base informatizada institucional e processados por meio de estatística descritiva, com categorização por sexo, local de residência e frequência do tipo de doador (primeira vez ou repetido). O parâmetro utilizado para diagnóstico da deficiência de ferro baseou-se nos critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2020) e nas normativas vigentes do Ministério da Saúde.Durante o ano de 2024, foram registradas 14.562 doações, das quais 698 doadores (4,7%) apresentaram deficiência de ferro. Dentre estes, 83,3% (583) eram do sexo feminino e 16,4% (115) do sexo masculino, revelando um predomínio significativo entre as mulheres. Em relação ao local de residência, 59,7% (n = 412) dos casos eram oriundos de áreas urbanas e 40,2% (n = 277) de áreas rurais. A prevalência foi maior entre doadores frequentes, sugerindo um esgotamento progressivo das reservas de ferro em virtude de doações sucessivas.

Discussão e conclusão

A elevada taxa entre os doadores habituais reforça a necessidade de estratégias preventivas que incluam: Monitoramento regular dos níveis de ferritina; Intervalos maiores entre doações; Suplementação de ferro quando indicada. Embora os critérios hemoglobínicos da triagem excluam anemias evidentes, não impedem a aprovação de doadores com sideropenia subclínica. Assim, a avaliação mais ampla dos estoques de ferro deve ser considerada como ação de segurança hemoterápica.A deficiência de ferro permanece como condição prevalente entre candidatos à doação, especialmente do sexo feminino e doadores frequentes. O presente estudo destaca a importância da vigilância laboratorial e da educação em saúde como pilares para garantir a integridade clínica do doador e a sustentabilidade do processo transfusional.

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Referências:

  • WHO. WHO guideline on use of ferritin concentrations to assess iron status in individuals and populations. Geneva: World Health Organization, 2020.

  • Rigas AS, Pedersen OB, Magnussen K, Erikstrup C, Ullum H. Iron deficiency among blood donors: experience from the Danish Blood Donor Study and from the Copenhagen ferritin monitoring scheme. Transfus Med. 2019;29(S1):23–27.

  • Ministério da Saúde. Portaria de Consolidação n° 5 de 28 de setembro de 2017. Brasília: MS, 2017.

  • Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Manual de triagem clínica para doadores de sangue. ANVISA, 2021.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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