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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 2740
Acesso de texto completo
MENTALIDADE E ATITUDES FRENTE ÀS PESSOAS COM HEMOFILIA A APÓS A INTRODUÇÃO DE EMICIZUMABE IMPRESSÕES DA EQUIPE DE SUPORTE BIOPSICOSSOCIAL
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S Dantas-Silvaa, A Olivera, S Saragosab, A Drumonda, G Cunhac, V Moraesc, A Nascimentob, P Ramosb, N Paulad, R Mendesd, E Vianae, M Arêdese, M Lucia-Paulaf, S Frichembruderf, R Coelhoa, K Mendes-Lucioa, AF Silvaa, M Sisdellig, E Salustianoh, B Prucolih..., R Abbadf, A Furtadoi, MC Assunçãoj, E Araújok, L Tofolel, T Rebouçasi, M Souzac, C Stephanesm, L Cansianm, NCM Costan, MCD Abranteso, APM Moraesi, J Alvares-Teodorop, RM CamelopVer más
a Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia de Minas Gerais (HEMOMINAS), Belo Horizonte, MG, Brasil
b Instituto de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (HEMORIO), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
c Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Pará (HEMOPA), Belém, PA, Brasil
d Hemocentro Regional de Juiz de Fora (HEMOMINAS), Juiz de Fora, MG, Brasil
e Hemocentro Regional de Governador Valadares (HEMOMINAS) Governador Valadares, MG, Brasil
f Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul (HEMORGS), Porto Alegre, RS, Brasil
g Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto (Hemocentro RP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
h Centro de Hematologia e Hemoterapia do Espírito Santo (HEMOES), Vitória, ES, Brasil
i Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (HEMOCE), Fortaleza, CE, Brasil
j Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (HEMOAM), Manaus, AM, Brasil
k Centro de Hemoterapia de Sergipe (HEMOSE), Aracajú, SE, Brasil
l Hemocentro de São José do Rio Preto (Hemocentro Rio Preto), São José do Rio Preto, SP, Brasil
m Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (HEMEPAR), Curitiba, PR, Brasil
n Centro de Hematologia e Hemoterapia do Pernambuco (HEMOPE), Recife, PE, Brasil
o Hemocentro da Paraíba (HEMOIBA), João Pessoa, PB, Brasil
p Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

Até recentemente, o tratamento da hemofilia A consistia em repor fator VIII ou agentes de by-pass (se inibidor positivo) para tratar (demanda) ou evitar (profilaxia) sangramentos, baseado em infusões intravenosos várias vezes por semana. O emicizumabe surgiu como uma alternativa na profilaxia, mostrando superioridade frente aos produtos anteriores para evitar sangramentos em pessoas com hemofilia A (PcHA) sem e com inibidores. A administração é subcutânea com doses semanais a mensais. Essa mudança na efetividade e na posologia tem sido acompanhada de uma readaptação das orientações às PcHA acerca da doença e do manejo terapêutico.

Objetivos

Este estudo buscou compreender a percepção de enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, aqui denominados equipe de suporte biopsicossocial (esBPS), atuantes em diferentes centros de tratamento de hemofilia no Brasil, quanto às mudanças de mentalidade e comportamento decorrentes da introdução do emicizumabe.

Material e métodos

Este estudo exploratório e quantitativo começou em julho/2021. A partir da discussão da literatura sobre o tema, uma esBPS (n = 5) enumerou os principais pontos do suporte biopsicossocial prestado à PcHA que poderiam ser impactados com a introdução da profilaxia com emicizumabe. Em janeiro/2024, após maior experiência com a terapia, esses pontos foram mantidos e transformados em afirmativas validadas por profissionais não envolvidos com o projeto. Entre 5 e 30/07/2024, profissionais das esBPS foram convidados para participar e, mediante aceite, receberam um formulário envolvendo 27 afirmativas para serem avaliadas quanto à concordância em uma escala de Likert: discordo totalmente e discordo parcialmente (agrupados como discordo), não discordo nem concordo (neutro), e concordo parcialmente e concordo totalmente (agrupados como concordo). Uma pergunta alternativa solicitou que selecionassem o desfecho mais adequado para ser avaliado na profilaxia com emicizumabe.

Resultados

Dos 52 profissionais convidados, 32 (62%) responderam a enquete, com representatividade semelhante entre enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais. A mediana de tempo de atendimento às PcHA foi 10 anos (amplitude 1-47), com 15 atendimentos/semana (amplitude 1-57). Todos concordaram que é importante que a PcHA em uso de emicizumabe tenha autonomia e liberdade para participar da decisão da melhor terapia a ser instituída. A maior parte (85%) concordou que a frequência de consultas (rotina e urgência) foi reduzida e que um modelo alternativo (por exemplo, consultas online) junto com o convencional seria importante para garantir a autonomia e a liberdade que o tratamento proporciona. A maioria também concordou que a equipe interdisciplinar deva elaborar novos métodos de garantir o treinamento e a compreensão pela PcHA sobre reconhecimentos de sangramentos (85%), mantendo-se o treinamento de obtenção de acesso venoso para tratar sangramentos (85%). O indicador mais importante foi qualidade de vida (21%). Finalmente, todos concordaram que a PcHA deva ser instruída quanto ao risco da associação do emicizumabe com medicamentos (por exemplo, complexo protrombínico parcialmente ativado).

Discussão e conclusão

Existe uma necessidade de adaptação de modelo assistencial atual à PcHA após a introdução da nova terapia. Portanto, a presença ativa e qualificada da esBPS é indispensável para o sucesso terapêutico, contribuindo para uma assistência mais segura, humanizada e eficaz no apoio à saúde da PcHA na profilaxia com emicizumabe.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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