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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 583
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IMPACTO DA TRIAGEM CLÍNICA NA PREVENÇÃO DE RISCOS TRANSFUSIONAIS: ESTRATÉGIAS E BOAS PRÁTICAS
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FB Amorim
Serviço de Hemoterapia - Dom Bosco (SHDB), Maringá, PR, Brasil
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A transfusão de sangue é um procedimento essencial em diversas situações clínicas, sendo capaz de salvar vidas e promover a recuperação de pacientes em estados críticos. No entanto, envolve riscos, especialmente relacionados à possibilidade de transmissão de agentes infecciosos. É uma etapa fundamental, sendo responsável por identificar condições que possam representar risco ao receptor ou ao próprio doador. Por isso, sua condução adequada é um fator decisivo na garantia da segurança transfusional.

Objetivos

Analisar o impacto da triagem clínica na segurança transfusional, destacando os principais desafios enfrentados e apresentando estratégias e boas práticas que contribuam para seu aprimoramento.

Material e métodos

Trata-se de uma revisão narrativa da literatura. Foram selecionados artigos científicos publicados entre 2014 e 2024, disponíveis nas bases SciELO, LILACS e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), que abordassem a triagem clínica e sua interface com a segurança transfusional. Estudos exclusivamente laboratoriais foram excluídos.

Discussão e conclusão

A triagem clínica é conduzida por profissional habilitado, em ambiente individual e sigiloso. Envolve entrevista dirigida, aferição dos sinais vitais e exame físico breve. Estudos apontam que a maior parte das inaptidões ocorre nesta fase, sendo relacionadas a condições como doenças infecciosas, medicamentos, cirurgias, histórico de doenças crônicas e outros fatores. Entre os principais desafios estão a omissão ou distorção de informações por parte dos doadores, muitas vezes motivadas por medo de serem considerados inaptos, vergonha ou falta de entendimento sobre os critérios de exclusão. A forma como o profissional conduz a entrevista influencia diretamente a qualidade das informações. Além disso, a pressão constante por manter os estoques de sangue pode induzir, ainda que inconscientemente, à flexibilização inadequada de critérios técnicos. Nesse contexto, destaca-se a importância da capacitação contínua da equipe responsável pela triagem, não apenas em aspectos técnicos, mas também em habilidades interpessoais, como empatia, escuta ativa e comunicação clara, a fim de criar um ambiente acolhedor que favoreça a veracidade das informações prestadas. Estratégias como a padronização da triagem por meio de questionários informatizados, integração de sistemas e auditorias periódicas também têm se mostrado eficazes na redução de falhas. Outro ponto relevante é a revisão frequente dos formulários e a adequação da linguagem para garantir que o doador compreenda todas as perguntas. A triagem clínica representa uma barreira fundamental para a segurança transfusional. Seu impacto é diretamente proporcional à qualidade e à integridade com que é conduzida. Investir na formação da equipe, no uso de ferramentas tecnológicas, na padronização dos processos e na abordagem humanizada são medidas indispensáveis para enfrentar os desafios existentes e garantir uma transfusão segura, ética e eficaz, protegendo tanto o receptor quanto o doador.

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Referências:

  • BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 158, de 4 de fevereiro de 2016.

  • Gomes S, et al. Triagem clínica na doação de sangue. Rev Enfermagem. 2020;25(3).

  • Oliveira AC, et al. Estratégias para segurança transfusional. Rev Saúde e Desenvolvimento. 2021;13(1).

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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