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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 2831
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HUMANIZAÇÃO NO CUIDADO TRANSFUSIONAL: A ATENÇÃO PERSONALIZADA COMO ALICERCE PARA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM DOENÇAS HEMATOLÓGICAS
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AMDAM Araujo, CSMDSM Santos
Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará, Belém, PA, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

Este relato apresenta a experiência no Ambulatório de Atenção Hematológica da Fundação HEMOPA, em Belém-PA, com foco na implementação de estratégias de humanização para pacientes em tratamento transfusional. São atendidos usuários da capital e do interior do estado, diagnosticados com doenças hematológicas crônicas como Anemia Falciforme, PTI, HPN, Aplasia Medular, Doença de Gaucher, Leucemia e Hemofilia. A rotina transfusional, muitas vezes prolongada e frequente, pode gerar impactos emocionais, sociais e físicos. Diante disso, a equipe multiprofissional adotou práticas que priorizam o acolhimento, a escuta qualificada, a personalização do cuidado por faixa etária e patologia e, no caso de crianças, o uso da ludicidade como ferramenta terapêutica.

Objetivos

Proporcionar cuidado humanizado e individualizado a pacientes em transfusão, respeitando suas especificidades clínicas, emocionais e sociais; promover adesão ao tratamento; minimizar sofrimento e efeitos da doença; e construir, junto aos usuários e seus acompanhantes, uma base sólida que favoreça a longevidade com qualidade de vida.

Material e métodos

A abordagem humanizada é realizada no leito durante o processo transfusional, com atuação integrada da psicologia e do serviço social. As intervenções são adaptadas à idade e à condição clínica: adultos recebem suporte focado na escuta, orientação e vínculo; crianças participam de atividades lúdico-terapêuticas (brincadeiras, jogos, histórias, vídeos e desenhos). O atendimento é individualizado, considerando o diagnóstico e o modo como cada sujeito enfrenta a doença. Do ponto de vista ético, trata-se de um relato de experiência institucional, sem coleta de dados identificáveis ou intervenção para fins de pesquisa, o que dispensa submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa, conforme a Resolução n° 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde. Foram respeitados os princípios do sigilo, privacidade e anonimato dos usuários.

Resultados

Observa-se melhora na aceitação do tratamento, redução da ansiedade, fortalecimento de vínculos familiares e aumento da confiança dos pacientes na equipe. Crianças apresentam maior adesão e entendimento sobre o tratamento quando envolvidas em atividades lúdicas. Adultos e idosos relatam alívio ao serem ouvidos e acolhidos em suas angústias. O cuidado personalizado favorece o enfrentamento da doença e a continuidade terapêutica.

Discussão e conclusão

A escuta qualificada e o acolhimento, aliados à atenção individualizada, contribuem para a construção de vínculos terapêuticos. A personalização do cuidado conforme o ciclo de vida e a patologia reforça o protagonismo do paciente e potencializa os efeitos do tratamento. A ludoterapia promove compreensão simbólica do adoecimento e torna o ambiente menos ameaçador. As intervenções da equipe multiprofissional vão além do cuidado pontual, oferecendo suporte contínuo e significativo. O programa de humanização do ambulatório da Fundação HEMOPA demonstra que acolher, escutar e cuidar com empatia são estratégias fundamentais para adesão ao tratamento e enfrentamento das doenças crônicas. A atenção diferenciada por faixa etária e patologia fortalece o cuidado integral e contribui para uma trajetória terapêutica mais leve e eficaz.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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