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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 214
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GESTÃO HEMOTERÁPICA BASEADA EM DADOS: EFICIÊNCIA, SEGURANÇA E SUSTENTABILIDADE NO IHHS (2025)
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MF Costa, RC Torres, PC Curvelo-Junior, LPS Dantas, CS Guimarães
Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Sergipe (IHHS), Aracaju, SE, Brasil
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

O Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Sergipe (IHHS) é referência regional em hemoterapia, com atuação pública e privada. Após os impactos da pandemia, 2025 representa um marco na retomada do crescimento e na consolidação de boas práticas de segurança transfusional, rastreabilidade e gestão logística.

Objetivos

Apresentar os resultados assistenciais, epidemiológicos e operacionais do primeiro semestre de 2025, com ênfase na projeção anual, eficiência transfusional, controle de descartes e estratégias de captação, além de propor diretrizes sustentáveis para os próximos três anos.

Material e métodos

Análise retrospectiva e preditiva baseada em indicadores institucionais de 2019 a junho de 2025, incluindo: volume de doações, produção de hemocomponentes, transfusões realizadas, descarte por tipo de componente, perfil dos doadores, sorologias reagentes e tempo de resposta às urgências. Ferramentas de BI e algoritmo preditivo foram utilizados para estimativas 2025–2028.

Resultados

Os dados evidenciam avanços significativos na qualidade assistencial, com redução de riscos epidemiológicos e maior eficiência operacional. A queda de HIV, HTLV e Chagas demonstra efetividade da triagem e educação em saúde. No entanto, o baixo aproveitamento dos hemocomponentes (menor que 40%) e a elevação no descarte de plaquetas e plasma exigem revisão urgente da logística e previsão de produção baseada em demanda real. A queda na captação ativa e a oscilação entre meses indicam a necessidade de planejamento anual estruturado.Até junho de 2025, foram registradas 9.322 doações e 27.966 hemocomponentes produzidos, com projeção anual de 19.192 doações. O percentual de aproveitamento interno foi de 34,6%, com tendência de estabilidade. A taxa de sorologias reagentes caiu para 1,04%, a menor da série histórica. O tempo médio de permanência caiu para 32 minutos. No entanto, o tempo médio de atendimento às urgências foi de 1h46min, superando a meta institucional. Destaca-se a consolidação de campanhas externas (46% da captação ativa), embora haja queda na eficiência das campanhas por ligações.

Discussão e conclusão

O IHHS apresenta trajetória ascendente em 2025, com projeções positivas para os próximos anos. Para atingir um modelo sustentável, as prioridades incluem: uso racional da produção, revisão da logística transfusional, campanhas segmentadas por perfil de doador e ampliação da cultura de segurança. A implementação de algoritmo preditivo e o fortalecimento de parcerias institucionais são estratégicos para alcançar excelência técnico-assistencial até 2028

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Referências:

  • BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução RDC n° 34, de 11 de junho de 2014. Dispõe sobre as Boas Práticas no Ciclo do Sangue. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 12 jun. 2014.

  • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7500: Sangue humano e hemocomponentes – Terminologia. Rio de Janeiro: ABNT, 2019.

  • MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Gestão da Qualidade para Serviços de Hemoterapia. Brasília, DF: MS, 2021. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Screening donated blood for transfusion-transmissible infections: recommendations. Geneva: WHO, 2010.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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