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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 1233
Acesso de texto completo
GESTÃO EM HEMOTERAPIA: CRIAÇÃO E ATUAÇÃO DE COMITÊS ESTRATÉGICOS
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FL Custódioa, EDC Ferreirab
a Grupo Gestor de Hemoterapia ‒ Grupo GSH, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Grupo Gestor de Hemoterapia ‒ Grupo GSH, Brasília, DF, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A hemoterapia é uma área complexa, que exige protocolos específicos, rastreabilidade rigorosa e atendimento integrado entre as etapas do ciclo do sangue. Essa complexidade é agravada em instituições que atuam em diferentes serviços hospitalares, com estruturas operacionais variadas e culturas organizacionais distintas, especialmente quando se observa o conhecimento ainda limitado de muitos profissionais sobre boas práticas em hemoterapia, tornando desafiador uniformizar processos e mitigar riscos. Atuar em hemoterapia requer dos profissionais de saúde envolvidos o conhecimento das técnicas corretas e a capacidade de identificar e atuar em potenciais eventos adversos. Nesse cenário, os comitês estratégicos se consolidam como uma ferramenta eficaz de gestão, promovendo o monitoramento contínuo, a análise de processos críticos e a proposição de ações de melhoria direcionadas.

Objetivos

Relatar a experiência de um serviço de hemoterapia na implementação de comitês estratégicos como ferramenta de gestão com foco no acompanhamento de eventos, padronização dos processos e ações de melhoria.

Material e métodos

Trata-se de um relato de experiência desenvolvido a partir da criação de comitês estratégicos em um serviço privado de hemoterapia privado com atuação nacional, o grupo GSH. Os comitês foram organizados por temas críticos, como eventos adversos, indicadores de atendimento e biossegurança. As reuniões ocorrem de forma periódica e contam com a participação de profissionais da alta gestão da empresa, médicos e gestores das regionais envolvidas. As pautas são construídas a partir de resultados de indicadores, registros de ocorrências e necessidades identificadas nos processos locais. Durante os encontros de cada tema, os gestores apresentam os resultados através de sua análise, promovendo a interação entre os participantes para definição conjunta das ações. A avaliação de eficácia desta ferramenta considerou os ganhos qualitativos observados na organização frente ao número de eventos observados, na forma de comunicação e na capacidade de resposta frente às não conformidades observadas.

Resultados

A criação dos comitês estratégicos proporcionou em uma gestão mais estruturada, colaborativa e orientada para a análise crítica dos processos. Observou-se maior agilidade na identificação e tratamento de falhas operacionais, melhoria na padronização de rotinas e clareza na definição de responsabilidades. Os comitês também favoreceram a implementação de ações corretivas mais eficazes e melhoria na comunicação dos setores envolvidos, favorecendo o desdobramento das ocorrências e promovendo uma resposta mais consistente frente aos desafios recorrentes da operação.

Discussão e conclusão

A experiência com a implantação dos comitês estratégicos evidenciou seu valor como ferramenta de gestão. Em um cenário com múltiplas unidades de atendimento, diferentes perfis assistenciais e alta complexidade de processos, os comitês demonstraram ser uma estratégia importante para analisar os desvios, organizar ações e padronizar rotinas, direcionando os esforços e promovendo decisões alinhadas às necessidades operacionais do dia a dia. Além de permitirem maior controle sobre os processos, esses espaços de discussão viabilizaram abordagens mais estruturadas frente aos eventos adversos e outros desafios recorrentes, fortalecendo o compromisso institucional com a segurança e a melhoria contínua.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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