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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 2927
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FLUXO DE INVESTIGAÇÃO DE ANTICORPOS CONTRA ANTÍGENOS PÚBLICOS EM LABORATÓRIO DE IMUNOHEMATOLOGIA ESPECIALIZADA – RELATO DE CASOS
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ACT Sousa, FA Moretto, HPF Camilo, ML Barjas-Castro
Hemocentro Unicamp, Campinas, SP, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A investigação Imunohematológica (IH) de Anticorpos (Acs) contra antígenos públicos exige o uso de técnicas especializadas, reagentes específicos e demanda tempo de estudo, o que gera impacto na assistência transfusional. Estes Acs nem sempre possuem importância clínica, entretanto podem encobrir outros com potencial hemolítico. A literatura internacional preconiza a investigação com reagentes químicos como enzimas proteolíticas (papaína, trispsina, quimiotripsina, sialidase, pronase) e o agente redutor Ditiotreitol (DTT). Com o intuito de agilizar a rotina de investigação foi utilizado algoritmo baseado em compilados de Geoff Daniels, que direciona o processo investigativo em sequência lógica de acordo com os resultados obtidos em cada etapa, priorizando o uso de reagentes amplamente disponíveis e de fácil manipulação, como papaína e DTT (Hematol Transfus Cell Ther. 2022;44:S473).

Descrição do Caso

Selecionados cinco casos de pacientes com painéis comerciais de identificação de Acs com resultado LISS positivo(pos) em todas as hemácias, autocontrole negativo (neg) e TAD neg. Com hipótese de Acs contra antígeno público, os casos foram analisados no Laboratório de IH aplicando o algoritmo implementado na rotina.

Resultados

Casos 1 e 2: Utilizada a sequência do algoritmo: Papaína neg -> DTT pos ->Tripsina neg. No estudo com a quimiotripsina o caso 1 apresentou resultado enfraquecido, o que sugere anti-Ge2. As enzimas pronase e sialidase não foram necessárias; o estudo foi confirmado com hemácias Ge2 neg. No caso 2 a reação com quimiotripsina foi pos; na sequência do algoritmo foi utilizada a sialidase com resultado pos, o que sugere anti- EnaTs. Neste caso as enzimas pronase e ficina não foram utilizadas. Caso 3: aplicada a sequência Papaina neg-> DTT pos ->Tripsina pos-> quimiotripsina pos. O uso destes reagentes indicou a presença de provável Fy6 ou EnaFS. As enzimas pronase e sialidase não foram necessárias. Casos 4 e 5: Aplicado a sequência do algoritmo Papaína neg-> DTT neg->Tripsina neg. A investigação restringiu aos anticorpos anti-Lu8, Inb, JMH ou McCa. No caso 4 a restrição da amostra e óbito do paciente inviabilizaram a conclusão final segundo o algoritmo. No caso 5, o soro do paciente foi testado com hemácias Lu14 pos (par antitético do Lu8), apresentando resultado neg, levando à suspeita de que se trata de um anti-Lu8. Em ambos os casos não foi necessária a utilização das enzimas quimiotripsina e sialidase. Pronase poderia ter contribuído na conclusão dos estudos.

Conclusão

O algoritmo aplicado mostrou que é possível a investigação de Ac públicos utilizando os reagentes de forma racional, considerando os resultados obtidos em cada etapa e ainda assim chegar à definição da especificidade de um aloAc ou à restrição a um conjunto pequeno de antígenos. O algoritmo permitiu agilizar a rotina de investigação, evitando o consumo desnecessário de insumos, sem prejuízo na acurácia. Após o direcionamento das possíveis especificidades, hemácias raras e outras ferramentas como biologia molecular, podem ser empregadas confirmando a especificidade dos anticorpos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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