HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
Mais dadosO mieloma múltiplo (MM) é uma neoplasia maligna resultante da proliferação clonal de plasmócitos, constituindo um dos tipos de câncer hematológico mais comuns no Brasil e no mundo, o que configura um relevante problema de saúde pública que exige maior atenção.
ObjetivosAnalisar a epidemiologia do mieloma múltiplo na região nordeste do Brasil ao longo da última década.
Material e métodosFoi realizado um estudo descritivo, quantitativo, de caráter retrospectivo e com recorte transversal, através de dados coletados no sistema de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no endereço eletrônico (https://datasus.saude.gov.br/). Os dados obtidos são referentes ao perfil epidemiológico do mieloma múltiplo no nordeste brasileiro ao longo dos anos de 2014 à 2024.
ResultadosEntre 2014 e 2024, foram reportados 7861 diagnósticos de mieloma múltiplo na região, sendo que os estados com maior número de casos foram a Bahia (1979), Ceará (1383) e Pernambucano (1190), totalizando 58% do número de casos. Em relação ao sexo, os homens receberam maior número de diagnósticos (4021, o que corresponde a 51%) em comparação às mulheres (3840, o que equivale a 49%). Por sua vez, a faixa etária com maior número de casos foi entre 65 e 69 anos com 1290 diagnósticos (16,4%). Vale ressaltar que a população geriátrica foi a que apresentou o maior número de casos: indivíduos com idade maior ou igual a 60 anos correspondendo a 4931 diagnósticos (62,7%). Quanto às modalidades terapêuticas, a quimioterapia foi a mais adotada, com 7089 tratamentos realizados (90%), seguido de radioterapia, com 749 tratamentos realizados (1%), ambas as modalidades (16) e, por último, o tratamento cirúrgico (7).
Discussão e conclusãoO período analisado evidenciou 7861 diagnósticos de mieloma múltiplo no Nordeste brasileiro. Essa doença se mostrou mais prevalente no sexo masculino e na população geriátrica, com a quimioterapia sendo a modalidade de tratamento preferencial. Dessa forma, torna-se essencial ampliar os investimentos em políticas públicas voltadas ao diagnóstico precoce e ao tratamento do mieloma múltiplo, especialmente considerando que a população idosa é a mais impactada pela doença, em um cenário de envelhecimento populacional e crescente expectativa de vida no Brasil.




